26 julho 2010

Mozal

No "Expresso" de hoje aqui. Petição aqui.

19 comentários:

Anónimo disse...

Os Governos de Moçambique e do Botswana assinaram, em Matutuíne, um memorando de entendimento com vista ao desenvolvimento de um polémico Porto de Águas profundas em Techobanine, uma das pontas turísticas que fazem a costa do distrito que fica no extremo sul da Província de Maputo.

A Ponta Techobanine fica na costa do distrito de Matutuíne, numa área marinha protegida por lei. Foi em Julho de 2009 que o Conselho de Ministros, reunido na 14ª Sessão Ordinária, declarou cerca de 700 quilómetros da costa de Matutuíne Reserva Especial Marinha da Ponta d´Ouro (REM). A aprovação do decreto visava a protecção e conservação dos recursos marinhos e terrestres únicos da zona e promover um turismo sustentável.

Inicialmente projectado para a Ponta Dobela, o porto de águas profundas foi deslocado para Techobanine, a ponta que conserva um dos oito maiores recifes de corais do mundo. Com a implementação do projecto, os recifes de corais - sistemas complexos de maior diversidade biológica concentrada, poderão desaparecer naquela ponta, pondo em risco a sobrevivência de uma variedade de organismos que deles buscam alimento e protecção. Uma das importâncias dos recifes de corais é a formação de barreira contra a força das ondas do mar, evitando a erosão.

Constituem também uma fonte de proteínas para a dieta alimentar da população costeira, calculando-se que num quilómetro de recife de coral produzem-se cerca de 30 toneladas de peixe por ano. Os recifes de corais providenciam alimento, abrigo e protecção a cerca de um milhão de espécies marinhas. Peixes, lagostas, caranguejos, conchas e ameijoas vivem permanentemente ou parte da sua vida junto de recifes de corais.

Outro aspecto é que o acesso ao Porto deverá ser feito a partir da Reserva Especial de Maputo, uma área de conservação tutelada pelo Ministério do Turismo (MITUR), e que ainda se encontra na fase de restauração. Escusado referir que alguns projectos deverão ser afectados.


Emídio Beúla

Jornal Savana

Anónimo disse...

Onde é que se pode construir um Porto sem prejudicar o ambiente? Os corais são mais importantes que as pessoas? Devemos continuar pobres, sem estradas, sem portos, sem indústria, para satisfazer lobbies ambientais com agendas e interesses pouco claros?
Qualquer indústria que montemos, qualquer porto que construamos vai, de um modo ou outro, colidir com as questões ambientais. Ficamos manietados por isso?
Calos Muchine

Anónimo disse...

nao carlos muchine,
vamos escangalhar tudo, para desenvolvermos, pra acabar com pobreza, nao ha nada mais importante que ganhar a pobresa, entao vaos esganhar tudo outra vez, nao ha problema,hoye hoye frelimo, hoye hoye guebuza, vamos escangalhar tudo, e ficamos desemvolvidos.

Anónimo disse...

O projecto foi transferido de Dobela para Techobanine exactamente por causa das questões ambientais... só que, sob esse prisma, (note-se a proximidade...)Techobanine é tão importante como Dobela...

Anónimo disse...

Companheiros:

Quando acordarmos, estaremos a falar chinês...

http://www.ipim.gov.mo/business/forum/company_detail.php?rid=6677&lang=por

Anónimo disse...

Para o anónimo do dia 26/7/10, às 12:54 PM gostaria de dizer que não está a discutir com Guebuza, nem com a FRELIMo. Eu, carlos Muchine é que fiz algumas perguntas. a pergunta era: que equilíbrio se pode buscar entre preocupações ambientais e crescimento?
As pessoas que têm preocupações ambientais correm o risco de passar a mensagem de que são contra o progresso e, daí, serem simplesmente ignorados em todo o processo de "decision making".
Parece-me mau que, sempre que se fale de uma infra-estrutura económica, num país miseravelmente carente dessas facilidades, algumas pessoas só se lembrem de apresentar o problema dos corais. E esse problema é apresentado de uma maneira que bloqueia. "Nesse lugar não se pode construir porto porqueos recifes de corais poderão desaparecer".
Se o assunto fosse apresentado em termos da necessidade de apresentação de um plano de gestão ambiental, ainda se poderia discutir. Mas nada! Não se pode fazer porto por causa dos corais!
O que eu apontava é que todos os sítios, mesmo onde construimos as nossas paljotas, há sempre um dano ambiental. A solução não é dormir ao relento por causa disso. A solução é encontrar formas de mitigar esse dano.
Eu ignoraria qualquer apelo no sentido de não construir a minha palhota por causa das formiguinhas. No entanto, já aceitaria dialogar se o apelo fosse mais sensato.
Do mesmo modo, os governos hão-de ignorar todo o apelo que bloqueie iniciativas de desenvolvimento. É necessário encontrar uma maneira de passar a mensagem ambiental que envie a mensagem de que as pessoas que a endereçam também gostariam de ver um porto. Ou de que, apesar dos direitos das formiguinhas, eu não devo dormir ao relento.
Carlos Muchine

Anónimo disse...

O problema é que os europeus estão sempre em cima de nós por causa da boa governação, ambiente, transparência, corrupção... e condicionam-nos o dinheiro por causa dessas ninharias...

Já os chineses... que maravilha!

Anónimo disse...

percebi muchine, e concordo que quer que se construa desenvolvimento escagalhando, so que quer que se esgangalhe satisfeito e sorrindo, porque nao existe maneira de desenvolver sem escangalhar, por isso pertende escalhar nos com suas ideias de escangalhar, pra gente aceitar as suas limitacoes em nao pensar em mais nada sem escangalhar, de modo que ate dormir o sr muchine tem escangalhar as furmigas, porque ha falta de espaco sem formigas, pra dormir, e tambem nao se pode fazer nada sem escangalhar o ambiente. e sempre uma questao de "decision making" hoye hoye frelimo, hoye hoye guebuza.

Anónimo disse...

Os tais europeus que estão sempre em cima de nós por causa dos problemas ambientais como é que fazem quando constatam que os seus cidadão carecem de um dique, de uma barragem ou de uma estrada? Deixam de as construir por causa do ambiente?
Os europeus tiveram, há alguns séculos atrás, uma diversificada flora. As florestas europeias não eram todas de pinho. Parece que dilapidaram tudo, para resolver os seus problemas.
O modo como os europeus fizeram as suas barragens, fizeram as suas estradas está errado. Nós não devemos repetir os seus erros.
Mas nem eles, nem ninguém tem o direito de sugerir que devemos continuar com fome porque, ao aumentarmos as áreas de cultivo, prejudicaríamos o ambiente.
O que se deve discutir é como os africanos podem aceder às tecnologias que permitem maior produtividade das terras actualmente em uso. E enquanto não dispormos dessas tecnologias não há como não aumentarmos as áreas de cultivo à custa das florestas.
As exigências ambientais que nos fazem (ONG's nacionais, europeus, chineses e outros) devem ter em conta que nós também temos direitos. E, sobretudo, que temos o direito a uma vida com dignidade (casa em condições, comida na mesa, estrada para poder chegar cedo ao hospital e à escola, porto para aceder aos mercados externos em condições mais favoráveis e baratas).
Africa não deve ser jardim zoológico de ninguém. Mais ainda se esse que nos quer transformar em zoológico delapidou as suas florestas e a sua fauna em prol do desenvolvimento. Mais ainda quando nos transformamos em andrajosos habitantes do tal jardim zoológico.
Carlos Muchine

Anónimo disse...

muchine, nao se preocupe tanto, a frelimo vai resolver esses seus problemas todos, todos problemas, ninguem mais lhe vai considerar macaco do jardin zologico, vai esgagalhar tudo,voce vai ver, e o muchine vai ficar desenvolvido, parecido com europeu, com cartola e charuto, hoye hoye frelimo, hoye hoye guebuza.

Anónimo disse...

Porque é que o anónimo não tenta mostrar como se pode construir um porto "sem escangalhar". Eu não acredito que se possa construir um porto sem prejudicar o meio ambiente. Talvez seja por causa das minhas limitações o você parece ter notado. Ensine-me então como se constroi um porto sem prejudicar o "alimento, abrigo e protecção de espécies marinhas".
A discussão deveria ser como mitigar esses danos e não dizer que não se pode avançar por causa deles.
Na terra onde nasci não é possível construir palhota sem prejudicar o alimento, abrigo e protecção de dezenas de espécies de animais que lá ocorrem: formigas, escorpiões, lagartixas, serpentes, e outras. De novo, aqui também a discussão não deveria ser que não devo construir a minha palhota por causa disso. A discussão deve ser como é que essa minha palhota pode surgir com o mínimo de dano.
Pode ser no entanto que conheça uma forma de construir palhota sem prejudicar o alimento, abrigo e protecção de qualquer animal. Se for o caso, espero que me ensine também.
A minha sugestão é de que se a mensagem for percebida como bloqueadora será ignorada. Mais grave ainda, será ignorada com apoio da população.
Carlos Muchine

Anónimo disse...

Por acaso já tenho cartola e charuto. Só falta sobretudo. Mas juro que vou ter também.
E você, amigo anónimo'já tem cartola, charuto e sobretudo? O ambiente foi respeitado para fabricar a sua cartola, charuto e sobretudo?
Porque a minha experiência diz-me que os mais vociferosos campeões do ambiente costumam estar na vanguarda do consumismo que o capitalismo promove.
Alguns que eu conheço, vivendo aqui em Maputo, fazem as suas compras em Nelspruit. Com grande respeito pelo ambiente, diga-se.
Carlos Muchine

Anónimo disse...

sim, percebi tambem, o problema e de muchine estar pensar que eu nao penso em escangalhar, nao se trata da sua sua palhota ou da minha, tem que se escangalhar, muito de preferencia, depois minimo vai servir,temque se contruir um porto, porque nao comemos comida, nem peixe, nos comemos porto,por isso vamos escangalhar, o minimo possivel, mas se for mais, nao ha problema, esta controlado, vamos construir porto e escangalhamos pouco, mas vamos escangalhar. hoye hoye frelimo, hoye hoye guebuza.

Anónimo disse...

Companheiros:

O lugar onde se pretende construir esse porto não é um lugar qualquer - esse é o problema. A existir aí um porto, será uma tragédia. Esse lugar faz parte de uma Reserva Marinha, criada por nós e com apoio internacional. Leiam, por favor:

A recente aprovação do anteprojecto de decreto que estabelece a criação da Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro, pelo Conselho de Ministros, foi aclamada por ambientalistas e amantes da natureza.

Marcos Pereira, biólogo marinho e Director Geral da Associação para a Investigação Costeira e Marinha (AICM), uma organização não governamental moçambicana,
considera o facto uma grande vitória para a conservação.

“Esta ideia vai e vem desde o tempo colonial. Entretanto, houve sempre o reconhecimento de que aquela zona possui elevada biodiversidade marinha e costeira e que era necessário proteger”, disse M. Pereira acrescentando que sempre foi apologista da proclamação da zona, que vai desde a Ponta do Ouro até ao estuário
do Rio Maputo, como área protegida. Pereira defende que a implantação de um porto em Dobela, afectaria, em grande medida, a rica biodiversidade existente
naquela região da província de Maputo.

Importância da região declarada reserva parcial
...
Recifes de coral bem desenvolvidos, onde abundam várias espécies de peixes associados a estes ecossistemas, baleias, golfinhos, aves migratórias, dunas, lagoas costeiras e macroalgas, são alguns dos recursos naturais existes na área da Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro, para além de ser uma importante zona de nidificação de tartarugas marinhas, principalmente da tartaruga de couro que nidifica até ao Arquipélago do Bazaruto.

“Esta espécie de tartaruga não nidifica em mais lado nenhum...

Processo da criação da reserva foi participativo
...
O estudo foi feito pelo Oceanography Research Institute, no âmbito de um projecto do Banco Mundial. Depois que a Reserva Especial de Maputo recebeu um
apoio da Peace Park Foundation (uma organização de conservação internacional), a ideia da criação da Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro foi impulsionada.

De acordo com M. Preira, o grande impulso surgiu quando o MICOA juntou-se à equipa e passou a liderar o processo de proclamação da Reserva em coordenação com
o MITUR, começando pelas consultas públicas, recolha do material, preparação de documentos da proposta e a respectiva justificação.
...
A área da reserva estende-se desde a Ponta do Ouro, contornando a Ilha da Inhaca incluindo o estuário do Rio Maputo e abrange as zonas das pontas Malongane,
Madejanine, Mamoli e Techobanine, passando por uma área adjacente à Reserva Especial de Maputo. Inclui ainda as pontas Dobela, Milibangalala, Chemucane, e a
Ilha dos Portugueses, numa superfície de 678 quilómetros quadrados com 97.9 quilómetros de extensão.


http://www.ctv.org.mz/dest15.html

Anónimo disse...

nos queremos fazer porto, vamos escangalhar isso tudo, hoye hoye frelimo hoye hoye guebuza.

Anónimo disse...

Para além do desastre ambiental, será o desastre económico.

Techobanine nunca será capaz de competir com Richards Bay, (com mais do que o dobro da capacidade planeada para Techobanine) que é, mesmo aqui ao lado, o maior porto de escoamento de carvão do mundo.

O porto de Richards Bay foi construído logo após a independência de Moçambique.

Atenda-se à linha férrea ligando Richards Bay (África do Sul) ao porto de Walvis Bay (Namíbia). É a Trans-Kalahari railway, servindo a todos os países da região, principalmente ao Botswana, para o seu carvão.

O porto de Dobela ou de Techobanine é um projecto fora do tempo, perdeu oportunidade - nunca poderá ser económicamente viável.

Reflectindo disse...

Sobre a construcão do Porto de Dobela ou Techobanine pode haver um debate vivo e saudável entre os contras e pros se se quiser. Acho que isso seria MUITO BOM.

Anónimo disse...

nao sei porque estes ambientalistas estao a fazer muito barulho, o projecto de sete bilhoes vai dinamizar economia, nos nao estamos procurar de competicao, nos estarmos procurar de dinheiro, sete billioes, para alem de que ja vai estar em discussao tambem sete anos pra guebuza, um biliao pra cada ano,pra nao estarmos a parar desenvolvimento por causa destes ambientalistas, peticao peticao, vao fazer oque com peticao, so sabem falar muito, helicopetro peticao, ambiente, so barulho, vao la queixar na assembleia da republica, hoye hoye frelimo hoye hoye guebuza.

ricardo disse...

A vista do que tenho estado a ouvir e ver por ai cada vez que se questiona o grande Capital em Mocambique, Watergate seria muito pequeno para atingir a dimensao de um escandalo.

Para alem das pessoas, sistemas politicos, o sobrenatural, o ar, o mar e a terra. Que mais falta vender em Mocambique? Sinceramente nao sei. Alguem me da uma ideia?!

De facto, o dinheiro e que manda. Mas nao e o de Guebuza certamente.

E O DAS CORPORACOES, CHICO-ESPERTO!...

E, Vos, os (in) felizes neocolonizados vegetando num persistente "his master voice speaking". Uma cidadania de cocoras que faz um Savimbi ou um Hitler legitimarem-se como a Madre Teresa de Calcuta...

Os Meus Sentidos Pesames!