Segundo o “O País”: "A empresa moçambicana de produção de Alumínio, Mozal, está autorizada pelo Governo, através do ministério para a coordenação da Acção Ambiental, a lançar, durante seis meses, para a atmosfera todos os gases e substâncias poluentes resultantes das suas actividades. Estas substâncias tóxicas têm alcance até um raio de 40 quilómetros e são comprovadamente atentatórias à saúde pública nas comunidades à sua volta e mesmo para os trabalhadores da empresa. De acordo com a Justiça Ambiental (JA), as substâncias a ser libertas pela Mozal podem provocar desde irritações severas na pele, nos olhos, nas vias respiratórias e até o aumento na frequência de cancros pulmonares."
Observação: Tal como em outros casos e ramos, é-nos dito que devemos estar sossegados. Por regra, quem critica, quem levanta dúvidas, pode ser visto como inimigo do desenvolvimento, como um apóstolo da desgraça, como estando ao serviço de uma tenebrosa mão externa. Não é a Mozal, afinal, com o alumínio, responsável por uma significativa parte das exportações do nosso país? Devemos bypassar, não é?
5 comentários:
A JA diz também que as partículas mais finas podem atingingir 100Km.
Isso não pode acontecer. O governo tem que fazer qualquer coisa para recuar com a decisão.
JM
Lembro-me que na altura da implantacao da Mozal alguem questionava o porque de terem escolhido Mocambique para a montagem da fabrica com todos os problemas que se conhecem tais como qualidade e quantidade de energia, burocracia,corrupcao, falta de cultura de trabalho, etc. Porque nao escolheram a Africa do Sul, a Europa ou a America?
O MICOA veio ao publico tentar convencer a todos que nao havia nenhum risco (mentira grosseira) e aqui estamos. Infelizmente os efeitos nocivos disto nao afectam a todos. Se por milagre afectasse aqueles que tomaram a decisao nao tinhamos com que nos preocupar. Triste e o facto do pobre pagar a factura mais pesada porque quem tomou decisoes anda fechado no carro, escritorio e casa com ar condicionado, tem boa alimentacao e uma boa assistencia medica. ESTAMOS A COMBATER A POBREZA ABSOLUTA.....
AAHHHHHHHHHHHHHAAAHHHHHHHH!...
Pois é. Agora percebo o preço baratucho dos terrenos de Molutuane que são vendidos no perímetro dos 40 km.
Já não lhes bastava a Cimenteira, agora levam com uma Fundição poluente.
E sobre os cursos de água, nada a dizer? Duvido.
Mas não entendo é a atitude suicidária de quem ASSINA essa papelada para depois ir pernoitar tranquilamente nos seus domínios do Belo Horizonte.
Estranha forma de vida...
Mozal, Cemintério, Lixeiras (de Mavoco e Malhampswene), fábricas de Cimento et ceter, todo no mesmo sítio e o MICOA já recebeu várias reclamações nada feito! sugerimos que a LIVANINGO, JUSTIÇA AMBIENTAL e outras organizações se jutem para um debate público sobre esta temática da vida são na Matola. Jchacate@yahoo.com.br
JA estabeleceu parceria com a LIVANINGO, Liga dos Direitos Humanos, Kulima e Centro Terra Viva, e juntos estamos a:
desenvolver material informativo ( panfletos etc) para maior divulgação da questão, promover a discussão desta nos media, e preparar uma petição que será entregue à Assembleia da República a exigir a revogação desta imediata licença.
Amanha haverá um programa televisivo, na STV o programa Moçambique em Acção com Burdina Muala logo após a novela que será para discutir esta questão... estejam atentos!
Chegou o momento de darem o vosso maior contributo assinando a petição e convidando todos os vossos familiares e amigos a fazer o mesmo. O pessoal estará nos principais centros comerciais nas cidades de Maputo e Matola sábado e domingo; segunda, terça e quarta estarão nos bairros da Matola.
Caso prefiram podem também dirigir-se ao escritório da Justiça Ambiental a partir de segunda feira para assinar e se puderem e quiserem ajudar podem também apoiar na recolha de mais assinaturas!!!
A vossa participação é importante, agora é o momento! “ Ke Nako”
Obrigada
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