03 abril 2010

Mussá comentou

A propósito do número 4 da minha série "Três na AR", o secretário-geral do MDM, Ismael Mussá, enviou um comentário, o terceiro aqui.

28 comentários:

Abdul Karim disse...

Parece boa, a posicao do MDM.

Viriato Dias disse...

Tudo isto escrito está uma delícia. Vamos aguardar às contas finais, em 2013, ai teremos a verdade, toda a verdade. Coerência e mérito ao MDM.

Zicomo

ricardo disse...

Pela boca morre o peixe...continuo a achar que abstencao juntava o util ao agradavel.

Ate Dezembro iremos perceber porque!

Reflectindo disse...

O Comentário do Mussá, SG do MDM, pode ser razoável, mas uma interpelacão ajudaria melhor ao MDM. Há razão para interpelar este comentário, embora não precisamente para dizer que o MDM devia votar contra o Plano Quinquenal do Governo. A interpelacão serve para que o MDM aja com grande responsabilidade na Assembleia da República que é muito mais grande do que pensamos.

Desculpem-me, meus amigos Abdul e Viriato, mas essa forma de comentar pode pôr em perigo ao fortalecimento do MDM. Aliás, o comentário do Abdul Karim, vá que não vá, pois ao escrever parece, quem se interessa de opinião dos outros pode ficar curioso e querer saber mais do Abdul.

Agora, Viriato, esperar o quê até 2013? Achas que haverá tempo suficiente para recuperar o perdido? Na minha opinião, o MDM tem que procurar diagnosticar constantemente a opinião dos eleitores...

Abracos

V. Dias disse...

Vou repetir o que disse há dias, citando um pensador anónimo: "quando não se gosta, até o mel é azedo."

O chamuale Reflectindo anda intrigado comigo. Não sei porque. Passou a ver os meus comentário como uma arma letal contra si e muito provavelmente contra o MDM.

Se a ideia é paternizar o MDM ou fazer dele um partido de circulo pessoal ou regionar, como aqueles pais que não aceitam críticas as filhos quando estes estão errados (o que não é o caso) pode crer chamuale Reflectindo, este mesmo MDM que a todos nós estimamos, pode até durar, mas viverá eternamente na oposição.

Aonde no meu comentário disse mal do MDM? Que indique um único exemplo. Vou-me demorar à missa das 21h30 à espera que o chamuale Reflectindo faça uma autópsia séria dos meus comentários face ao MDM. Agora.

O meu primeiro comentário, que antecede a este, quis dizer o seguinte:

1. É de louvar a visão pragmática do MDM (sempre disse que fazer oposição não é combater o Estado, ou vestir à capa da negação para mostrar serviço) pelo contrário, é mais do que isso....

2. Concordo em muito do que se disse ai, nos dois planos, quer do MDM quer da Frelimo, porém, não basta adoçar o papel, é preciso que haja trabalho, muito trabalho e com resultados plausíveis.

3. Vamos esperar por 2013, porquanto será altura ideal para vermos se houve ou não um bom trabalho.

Mesmo assim, o mel que é doce, porque conheço a intenção, será azedo. Paciência.

Zicomo

ricardo disse...

Mr. Dias...

Push come to shove:

http://www.youtube.com/watch?v=TSLkOhsfjoo

Enjoy!...

Abdul Karim disse...

Refletindo,

O meu comentario tambem 'e relativo ao anterior comentario e na sequencia do comentario de Ismael Mussa,

Temos que ser realisticos e pragmaticos de forma que os resultados finais melhorem...

Do ponto de vista do programa, o governo diz que implementou 99% e duvidamos disso, acreditamos que nos ultimos 5 anos nem 10% do programa do governo foi implementado... a pobreza aumentou e passamos 5 anos a ouvir sucessos enixistentes....

....Entao deixa eles programarem, e se nao ha problemas no programa, aceita-se... e vamos a implementacao...

Se o MDM conseguir fazer a frelimo subir para implementacao de 70% do plano, eu estou satisfeito...

O MDM fez subir o nivel de desempenho da frelimo... e isso beneficia ao Povo...

...queremos a pobreza baixar... quando baixar, havemos de discutir os meritos... e se frelimo tiver esse merito, nao ha razao pra nao dar-lhe o devido merito.

Se trabalharem a serio, vamos andar rapido, vamos todos andar rapido, 'e bom, seja frelimo, seja renamo, ou MDM, queremos que vida melhore, so.

V. Dias disse...

Obrigado Ricardo.

Gostei. Mas eu gosto mesmo é disto: http://www.youtube.com/watch?v=TvMOR5Rq6FY&feature=related

Cresci e ouvir, e já percebeu porque gosto de Mugabe?

Zicomo

Abdul Karim disse...

Ricardo e Viriato,

Estao a sabotar a aula ? do plano quinquenal do governo ?

Voces nao aprendem.

ricardo disse...

Ritmos vibrantes, muito ritmados, similares aos de Tete, Manica e Sofala...

Eu apreciava particularmente um musico cego de Tete (Lazaro Vinho) pelas suas cancoes bem filosoficas. Ainda em Tete, vi um conjunto de musica tradicional que tocava com instrumentos feitos pelos proprio mas inspirados nos classicos. Pude identificar violinos, contrabaixos, oboes, etc. mas tudo tradicional. So nao sei como e que ele se chamava.

ricardo disse...

Karim...

Tudo que haveria por dizer a respeito da posicao do MDM ja foi dito. O momento agora e de espera.

Para si, em particular, coloco a seguinte questao:

"O que e que o MDM ficaria a perder caso se abstivesse na votacao do PQG?"

E acredite, eu gostaria (mesmo) de estar totalmente errado nas minhas inquietacoes.

Juro.

Abdul Karim disse...

Eu acho que o Ricardo esta certo nas suas inquetacoes...

apenas a accao do MDM 'e que nao esta dentro das suas previsoes...

mas 'e natural.... esta sempre a brincar em vez de estudar... como espera entender ?

Reflectindo disse...

Caro Viriato

Acho que vc nao entendeu bem o que eu escrevi. Eu não que vc havia falado do MDM, antes pelo contrário que vc havia elogiado demais, isto é acriticamente. Os dirigentes do MDM precisam de críticas e não de escovas.
Muitos dirão até que críticas sim, mas em portas fechas, mas há essa cultura? A minha resposta é não, absolutamente não. Que diga o Ismael Mussá. Mas numa das entrevistas postadas aqui, Daviz Simango era crítico à disciplina partidária, mas pelos relados defendeu o mesmo em Quelimane.
O MDM é o ESFORÇO de todos nós, incluindo o Prof. Serra quem mais foi falado mal e considerado que estava a promover o MDM no seu blog. Tenho comentários em pelo menos três blogs onde Serra é acusado sobre isso.
Não quero falar do Reflectindo sobre Moçambique (meu blog), do Desenvolver Moçambique (do Jonathan McCharty) do Debates e Devaneios (do José Matos), o Meu Mundo (do Nelson Livingston) que apoiaram CLARAMENTE o MDM. O Nelson anda totalmente calado e espero que não esteja a pagar quando uns aí estão gozando.
E no terreno? Quantos SACRIFICARAM suas carreiras profissionais ou políticas acreditando num partido que lutaria para um Moçambique para todos? Num partido com política de inclusão? Num partido mais democrático e transparente?
Tu Viriato me fazes falar muito, mas sobre ti eu queria dizer-te que não te limitasses a elogiar a postura do MDM que tanto pode ser correcta como incorrecta. Segundo a minha opinião, o apoio ou não ao Programa Quinquenal do Governo é mais uma questão política ou somente isso. Fora da questão política, todos querem algum programa.
Agora já digo o mais enferma o comentário do Mussá: A tal equipa de qu
e o SG do MDM, fala não é nenhum órgão partidário. Essa de que ele fala pode estar onde queira que seja (m Canadá ou Austrália), mas não aprova o que ela escreve. Pode ser um grupo de lobbistas ou assessores políticos nacionais e internacionais. Porém, são os órgãos do partido, os membros e simpatizantes do partido que aprovam um manifesto ou programa do seu partido ou candidato presidencial. São os órgãos que devem vir ao público e não grupo de lobbies ou o que um assessor disse.
O MDM tem que voltar aos princípios da sua crição. Que não haja confusão entre MDM e Renamo ou PCN.

ricardo disse...

Ironize Karim, ironize...

Apos as eleicoes de 2009, V.Excia tambem cantava de Galo! Mas o que sucedeu a posteriore so deu razao as minhas previsoes iniciais, refiro-me a envolvente politico-partidaria e a evolucao da situacao socio-economicamente local, Ku-Klux-Klaniamente falando (nao me lembro que post foi, mas eu lancei uma previsao de um possivel cenario que se materializou, nao e caro Professor?)...

Inumeras vezes referi-me ao problema da "FONTE". E ninguem queria (ou ate fingiam querer) perceber-me. Foi necessario que a propria FONTE lesse este blog para fazer o que tinha de ser feito.

Doutro modo, teriamos sim, uma capoeira de aves depenadas a tremer de frio ao som do batuque e a servir-se do sapupu da macaroca para distrair a fome.

Porque o "dilema do escravo liberto" esta na genese da nova oposicao. Tal como a velha, nao sobrevive sem a existencia do seu amo. E preciso haver um PQG para justificar a sua existencia politica, quer se esteja contra, ou a favor do mesmo.

Abstencao? Isso nao, era ser original demais. Corria o risco de se perder na escuridao.

E minha conviccao que, se nao for a FRELIMO a propor o que quer que seja neste pais, a oposicao fecha as suas portas e vai de ferias. A unica oposicao conhecida em Mocambique e o G-19. E assim sera para sempre.

Prova disso, e este facto politico recente.

Por isso, eu terei imenso prazer de V. esfregar novamente isso na cara dentro de pouco tempo...

Porque da mesma maneira que um vintem e um vintem, um inconsequente e naturalmente um persistente. Sao verdades absolutas que ninguem consegue apagar.

Ismael Mussa disse...

Reflectindo,
Salvo melhor entendimento, julgo estar a haver algum equivoco nas tuas afirmacoes.
1.O Manifesto e o programa de Governacao do MDM foi de facto elaborado por uma equipa multidisciplinar e depois discutido e aprovado pelos orgaos do partido. Seria bom consultares as tuas fontes e saber qual foi a agenda da sessao do Conselho Nacional realizado em Nampula que aprovou a candidatura do Eng. Daviz Simango como candidato do MDM as eleicoes presidenciais e as linhas gerais do manifesto e a estrategia eleitoral do MDM. Penso que as pessoas que te relataram sobre Quelimane serao certamente membros do Conselho Nacional e que por conseguinte terao participado na reuniao de Nampula no ano passado.
2.De seguida realizou-se uma sessao da Comissao Politica do MDM num dos hoteis da Cidade de Maputo onde se analisou e cumpriu-se com as recomendacoes da sessao do Conselho Nacional realizado em Nampula.
3.Quanto a alegacao de o Eng. Davis Simango ter defendido a disciplina partidaria em Quelimane cabe-me dizer que nao confere a verdade. A discussao foi aberta a todos os participantes( incluindo os convidados que tiveram direito a palavra sem no entanto poderem, a luz dos estatutos, votar).
4.Para esclarecimentos adicionais, sugiro que possas tambem ouvir outras pessoas que participaram do evento, como por exemplo a colega Linete que tambem participa deste blog.
5. Quanto a tua afirmacao de que, o documento do Programa Quinquenal de Governo (PQG), ora em debate na Assembleia da Republica, deveria ter sido discutido no Conselho Nacional do MDM em Quelimane, cabe-me informar que isso nao seria possivel ja que o documento so chegou as nossas maos apos os deputados se encontrarem em Maputo para o inicio da sessao. Penso ser importante consultar-se o regimento da Assembleia da Republica quanto a distribuicao dos documentos. No entanto e uma boa ideia e iremos reflectir sobre como efectivar isso no futuro.
6. Quanto as pessoas que sacrificaram as suas carreiras profissionais e politicas acreditando neste projecto nao restam duvidas que isso corresponde a verdade. Agora nem todos poderao eventualmente estar de acordo com algumas opcoes que o partido fez em determinado momento. Respeito esses pontos de vista mas acredito que democracia e isso mesmo. Devemos naturalmente divergir sem perder de vista os objectivos que pretendemos alcancar.
7. No rol das inquietacoes que levantas aqui e anteriormente poderao haver questoes que sejam do forum pessoal de um ou outro colega e que nao seria etico entrar em pormenores aqui.
8.Querendo estou a tua inteira disposicao para fornecer-te informacoes adicionais directamente.
Um abraco cordial e mais uma vez obrigado pelas criticas e pelas sugestoes, Ismael Mussa.

V. Dias disse...

Voltarei, estou sem internet em casa, uso vias alternativas...por isso, aguarde por mim chamuale Reflectindo.

Zicomo

Reflectindo disse...

Caro Mussá

Obrigado pelo seu comentário. Escrevi a resposta mas opto por não postá-lá agora.

Um abraco

Reflectindo disse...

Caro Ismael Mussá,
Obrigado pelo comentário, é dialogando que chegamos ao consenso.
1. Se notar pelo que escrevi e sendo o SG uma pessoa que conhece perfeitamente a minha postura, não estou aqui para debater assuntos profundos do MDM. O que estou a fazer é alertar que se evite atitudes de culto do MDM e seus líderes porque isso só serve para destruir o MDM. As pessoas devem contribuir para o fortalecimento do MDM não apenas com elogios, mas com críticas. E, as críticas não precisam de ser e nem deviam ser da percepção individual porque nunca devemos estar certos que temos razão, quer dizer, é necessário reflectir-se sobre a percepção da maioria dos membros e simpatizantes do MDM.
2. Porque o meu companheiro Mussá está assumindo uma tarefa de grande responsabilidade, aconselho que evite chegar a conclusões percipitadas como é o caso de que um membro do Conselho Nacional tenha me informado sobre a disciplina partidária defendida em Quelimane. Também, não quero demorar sobre a sua conclusão, sobretudo aqui no Diário, já que acho que se fosse caso de curiosidade podia ter me perguntado por e.mail ou mesmo me telefonado. O Sr. Mussá como outros membros da liderança do MDM sabe que sou franco. Agora que fique claro que li isso na imprensa (no Diário Independente e CanalMoz) que relatou sobre o Conselho Nacional realizado em Quelimane. Naqueles artigos, não era difícil chegar a conclusão que estava-se perante a uma viragem...
3. Quanto à análise do Programa Quinquenal de Governo (PQG), concordo consigo que eu não conheça o Regimento da Assembleia da República e por razões óbvias. Nunca fui deputado. Porém, procurarei por minha conta informar-me dele embora possa adiantar-lhe que: a) antes da reunião de Quelimane, um membro senior do nosso Partido já havia indicado claramente a posição do MDM quanto ao PQG. Isso debatemos neste diário, veja aqui

b) porquê a Frelimo chamou mais de 1000 quadros para um encontro, denominado pela imprensa pública de “mini-congresso”, para analisar o seu próprio programa? Lamentávelmente, a Renamo e o MDM não mostraram o mesmo tipo de aproximação com os seus membros para aprovar ou reprovar o PQG. Estarei enganado?
4. Sobre princípios do MDM, sem eu precisar de detalhes aqui, reitero que a liderança deste partido tem por obrigação em voltar a reflectir sobre os princípios da sua criação. Acima de tudo, queremos abertura e transparência o que permitirá uma democracia interna.
5. Quanto ao manifesto, escrevi que é democraticamente estranho que o SG do partido fale de grupo restrito que referir-se de órgãos do partido ou das bases do mesmo. Nem que eu fizesse parte da equipa que elaborou não teria me sentido bem que ela fosse uma referência quanto aos motivos que fizeram com que o MDM aprovasse o PQG. Ora, meu companheiro, o manifesto da Frelimo e esse PQG da Frelimo foram também elaborados por equipas multidiciplinares, especialistas, etc, mas esses nunca serão referidos publicamente e para evitar-se que nos apercebamos que foi apenas meia dezena de pessoas a elaborá-los, a Frelimo chamou mais de um milhar dos seus membros para aprová-los... É isto que chamei atenção a si e aos órgãos do MDM.
6. Quanto às inquietações que levanto ou tenho levantado, nunca há questões individuais, (ninguém coloca a mim seus problemas e nem eu tenho interesses pessoais no MDM) antes pelo contrário, elas são sobre príncípios democráticos dentro do MDM. Se não lutarmos pela democracia interna, o MDM será tomado por oportunistas, gananciosos, totalitaristas, tribalistas, localistas, individualistas, corruptos, preguiçosos. Esses ...listas e ..tos, ...osos devem ser combatidos agora e não depois, pois lá será tarde, já que a sanção do eleitorado será severa e rigorosa. Eu ataco qualquer falta de abertura e transparência o básico para o MDM ser democrático nos seus compromissos políticos.
7. Há muitos aspectos em que não quero comentar aqui.

Abraço

Basilio Muhate disse...

Reflectindo

O MDM, na pessoa do SG, está com dificuldades em assumir que o facto de não ter consultado às bases do Partido antes da Aprovação do PQG na AR, constituiu um motivo para agudiçar ainda mais os desentendimentos internos no seio do seu Partido.

Pena que nós outros estamos sempre equivocados para alguns, e sorte que alguns equivocos nossos na prática são visiveis.

A Frelimo está obviamente, satisfeita pelo facto de o MDM ter votado à favor do PQG. Se tivesse votado contra ficaria satisfeita pelo facto de o PQG ter sido aprovado na AR.

Então qual seria a diferença ?
A única diferença poderia ser no numero de votos contra e a favor ou em branco. Mas as diferenças no seio da oposição (mdm e renamo) já merecem outro tipo de interpretações. O mdm pode ter votado à favor apenas para contrariar à renamo e, abstendo-se sairia desta luta do PQG como um "anónimo na arena" parlamentar Moçambicana. Votando contra estaria a concordar com a "maioria" da renamo na oposição parlamentar.

Agora a questão que se coloca é: entre o jogo parlamentar e a auscultação do partido o que é que vai na dianteira ? Ismael Mussa Quer se sair bem no Parlamento ou no Partido neste caso do PQG ?

Linette Olofsson disse...

Reflectindo!
Não te vou dar esse prazer de esclarecer assuntos que dizem respeito a questões internas.
Os assuntos internos, discuto-os internamente.
É um princípio que trago de berço.
Os desafios, discordias, pontos de vista diferentes sempre existiram desde da antiga Grécia, fazem parte de um processo democrático maduro ou imaturo.

Sei que és uma pessoas muito bem informada e "equipada" no que concerne ao que se passa em Moçambique, muitas vezes sou surpreendida com assuntos da agenda Nacional, que eu própia estando cá dentro, muitas vezes são do meu inteiro desconhecimento.

Penso que o Mussa foi muito esclarecedor no seu texto, não necessita de algum acréscimo da minha parte.
Sempre tive o gosto pelo debate público, continuarei a fazê-lo sempre que me for permitido.

Conheces tanto como eu ai, a importancia do debate constante sobre propblemas que afectam a sociedade.
Só se muda! participando e exigindo, chamando as coisas pelos seus própios nomes.

Estas no berço da democracia, uma das "perfeitas" a nível da Europa.

Entendo as tuas preocupações e as da diáspora! São legítimas, seria incorrecto da minha parte não compreender-te/vos a forma que voces pretendem ver as mudanças a acontecer.
Tem que ser gradualmente...
Mas uma coisa tens que ter em mente.
Estamos num processo novo no País com mil adversidades pelo caminho, não devemos correr ou quer que algo seja igual ou parecido como no velho continente!
O nosso grande erro é que estamos a copiar a democracia Ocidental, isso tem o seu preço

A velha expressão
Isto é Africa!

Anónimo disse...

"Os assuntos internos, discuto-os internamente.
É um princípio que trago de berço."
Amiga Linette, mudam-se os tempos, mudam-se os principios.

Recordo-me que eras acerrima defensora de liberdade de pensamento, de expressão e da democracia interna. Quando os Frelimista e Renamistas diziam que temos debatidos os nossos assuntos dentro de casa, voces diziam que era mentira e que os assuntos deveriam ser debatidos na praça pública.
Quando Ismael Mussá levou os assuntos internos da Renamo para a praça pública, ai defendeste-o. Agora quando é em relação ao MDM, ja te recordas do teu berço.

O Daviz era contra a disciplina partidária, mas dissolveu ilegalmente a comissão politica e em Quelimane obrigou os deputados a obedecerem o partido. Afinal, os deputados estão na Assembleia para servirem o partido ou ao povo?

Como dizia o Professor, a Frelimo estará no poder por muitos e longos anos. Essa oposição é uma autentica desgraça.

Lucia

Linette Olofsson disse...

Anonimo...
Ou Lúcia!

Não abdicarei dos meus príncipios! ou se tem príncipios na Vida, ou não se tem!

Saber discutir, levantar assuntos internos internamente e nunca na Praça Pública.

Na Praça pública levanta-se, discute-se assuntos de domínio público.

Tens realmente uma boa memória mas com reflexos ambíguos!
No que concerne à boa memória, bem o afirmas:
Fui, sou e serei até onde a vida me permitir defensora da Liberdade de Expressão, Pensamento e Democracia Interna e não só!

Já escrevi muitos artigos de opinião sobre esses valores sagrados no Zambeze (pela gestão de Salomão Moyana e Lourenço Jossias), Magazine Independente entre outros, que os podes encontrar, se o quiseres, no GOOGLE e Moçambique para todos de Fernando Gil.

Por falta desses valores sagrados, a Frelimo incomodou ha muita gente logo após a Independencia.
Apesar de jovem e imatura em matéria política nessa altura, sentia que algo não estava bem...
Somos Jovens, uma vez na vida!

Eu já era "rebelde" nesse momento tenebroso da historia de Moçambique.
Achava que, a vocação da Juventude era esperança, construção da esperança, através do comportamento das OPÇÕES dos IDEAIS, das APTIDÕES e CRIATIVIDADE.
Nessa altura, pensava que a juventude anunciava esperança, que tinha o dom de desenhar, traços que revelavam realidades novas após a era colonial...
Muito pelo contrário, a frelimo controlava as mentes da juventude e isso ainda, me era mais estranho, um bicho de 7 cabeças.

Esses valores a que te refres, aprendi lá fora pela ironia do destino, defendi-os enquanto lá fora enquanto minoria, voltei a defender no País com garras unhas e dentes após o AGP.
Infelizmente, já não era jovem.
A aventura, tinha que ser controlada com emoção e razão.

Anónima ou Lúcia,
deves estar muito equivocada ou fazer uma grande confusão, ou tentar picar num sítio errado, pois em momento algum, defendi o Ismael Mussá sobre tais assuntos que te referes,(gostaria que trouxesses essas minhas afirmações ao nosso dialgo aqui, se possível).

Defendi sim, ao meu ex colega Dr Dionísio Quelhas após uma entrevista dele no jardim do Gabinete Presidencial de Afonso Dlakhama, onde ele publicamente dava a sua opinão pessoal ao ser QUESTIONADO sobre a necessidade da realização urgente de um congresso da Renamo.
Ora, Anonima Lucia, não tem nada de mal dar uma opinião dessas publicamente! faz parte da democracia interna.
Na mesma semana numa entrevista ao Magazine Independente eu defendia a posição do Dionísio Quelhas e fui mais longe em afirmar sobre a cizão dentro da renamo.

Nessa altura, eu não fazia parte da VI Legislatura,e não conhecia bem o Ismael Mussa e os outros novos deputados da Renamo. Portanto, não existiam bases para tais afirmações.
Se Ismael Mussa nessa altura, (como o afirmas),levou ou não assuntos internos da Renamo a praça pública, não sei! também com toda a franqueza lhe digo que não me recordo ter visto o Mussa a faze-lo!

Como não posso me recordar do meu berço?
Só não se recorda quem nunca o teve!
Aprendi na minha família e na tenra idade
que certos assuntos familiares não se transportam para fora da casa.
Ora muito bem! é o mesmo príncipio que aplico no meu partido ou em qualquer organização onde me faço presente.
O Partido é a minha "outra casa", fora da minha casa. Tão sério isso é.
Agora, o que a frelimo a renamo disseram ou deixaram de dizer nessa altura a a que te refres, nada tenho a haver e nem aí vou entrar!
Podes querer que, continuarei a defender esses valores e sobretudo a democracia interna, porque não?

Gosto da Prediz como uma ave, pois ela é livre, ela gosta de ser livre, quem não gosta de ser livre dentro dos valores da ética?

Se a oposição é uma autentica desgraça?
Pode até ter razão!
Mas estamos aqui a enfrentar os desafios, demos a cara, coisa que muitos não o fazem pelos mais diversas razões!!!!
Um bom entendedor poucas palavras bastam!

Basilio Muhate disse...

Linete

Fiquei curioso quando disseste que a Frelimo incomodou muita gente logo apos a independencia e que tentou controlar as mentes dos jovens.
Como e' que se caracterizaram esses incomodos e essas tentativas de controlo da mente dos jovens, podes dar a tua experiencia? E essa rebeldia juvenil tua consistia em que' ? E que alternativas existiam naquele contexto ?

Cumptos
Basilio

V. Dias disse...

Este debate faz-me lembrar `chicombas`, um animal lá de Tete, que na falta de comida, comece-se a si mesmo.

Este sempre foi o problema da oposição em Moçambique, guerreiam-se em público por nada. Depois dizem que eu, Viriato Dias, é que estou louco.

Eu que vi lágrimas de muitos combatentes fundadores da Reanamo quando estas coisas, intrigas, se passavam na própria Renamo. Agora é com o pessoal do MDM.

Depois será com não sei mais que partido, PPPPLMM, talvez, não duvidem que há-de nascer um outro com este nome, cogumelos em tempo de chuva. Nada que a temperatura do estômago não faça surgir novos partidos e novas posições. Fica uma licção para o Eng. Simango, disciplina interna é fundamental.

Zicomo

Linette Olofsson disse...

Olá Baílio!
Prometo responder-te na integra!

Reflectindo disse...

Basílio,

Obrigado por ires ao encontro do que eu sempre coloquei sobre este assunto.

Linette,

Tenho certeza que não vais me esclarecer aqui questões internas do MDM. Talvez nem noutro lugar. E como não fui eu a propôr isso...
Não há dúvidas que sou informado sobre o país, pelo menos quanto à opinião pública.


Lúcia e Linette,

Nem tudo é discutir problemas internos fora da casa. Há posturas que são meramente uma pressão. Por vezes é necessário que haja pressão para que o comboio siga a sua marcha.

Para uma discussão de questões internas, internamente, é necessário que se criem condicões propícias para tal, como ao que estou sempre dizendo: abertura e transparência, também funcionamento dos órgãos. Os problemas nunca se devem internalizar porque se criam condicões para o totalitarismo.

Reflectindo disse...

Só se Daviz Simango estiver a escutar quem Salazar é seu ídolo, aí mata o MDM. O MDM não nasceu para totalitaristas, Mugabistas, ditadores, pois esses partidos são muitos em Mocambique.

Definitivamente dizendo, o D no meio dos MMs significa Democracia.

V. Dias disse...

Passa...