24 abril 2010

Google e liberdade de expressão


3 comentários:

V. Dias disse...

Em informática nada é segredo. Eu já tinha dito isto, aliás, aprendi enquanto estudante da CISCO do ICTEM que nada é inviolável. Que o diga o Dr. Neves, o Leonardo, não é?

Zicomo

ricardo disse...

Pelo que me e dado a ver, ha uma relacao inversa entre o nivel de info-exclusao e a actuacao dos governos no controlo dos utilizadores e dados no meio cibernetico. Por outras palavras, quanto maior a info-exclusao, menor censura de utilizadores e dados.

A primeira vista, podera sugerir uma maior liberdade de expressao em paises que, hoje em dia, sao considerados verdadeiros baluartes da violacao mais elementar dos direitos humanos. Mas ha explicaoes plausiveis. E que se por um lado, o acesso democratico aos meios de comunicacao e uma conquista democratica, tambem e a abertura de uma nova via de preocupacao daqueles aquem compete velar pela preservacao dos modelos de sociedade. E nisso, devemos incluir os crimes informaticos, muito comuns na ultima decada, as organizacoes terroristas e as fraudes fiscais devidas a "planificacao financeira internacional" das bolsas de valores e paraisos fiscais, que se caracterizam pelo uso crescente e preferencial da internet como meio de comunicacao e rateamento. Portanto, e ligitimo que qualquer governo - democratico ou nao - assuma suas responsabilidades.

Porque, no estagio actual, a internet funciona quase como "uma terra de ninguem", dai toda necessidade de normalizar as coisas, sob pena de cairmos na anarquia total.

A maior info-exclusao tambem justifica o tipo de "rolha" a usar. Assim, e muito comum impor um recolher obrigatorio como medida primaria num pais onde nao ha rede telefonica movel ou ha uma rede fixa incipiente. Nesse cenario, muito menos fara sentido falar em internet. Porque isso, nao estara evidentemente no plano de preocupacoes correntes dos inquisidores governamentais.

E sem uma coisa, nem outra houver, como e o caso da Papua Nova-Guine e similares, entao basta um rumor para se cercear qualquer informacao fora do filtro govenamental.

Mas nota-se a "ausencia" notavel de paises como a China, Irao, Coreia do Norte, Cuba, Arabia Saudita, Libia e Argelia no quadro dos governos inquisidores, tambem por uma razao obvia. Eles filtram o GOOGLE com seus proprios meios, nao solicitam "democraticamente" ao site que sejam autorizados a faze-lo.

Alias, a pagina da Yahoo (concorrente da GOOGLE) da China foi feita segundo directivas explicitas do governo de Beijing, o que a Yahoo aceitou, face a grande compensacao financeira que e ser uma presenca autorizada e exclusiva no mercado cibernetico chines.

E isso e uma grande diferenca.

Reflectindo disse...

Veio-me logo na ideia a posição dos países que pedem censura e dados de utilizadores o que me deixou a reflectir por China, Irão, Coreia do Norte e Cuba não estarem inclusos e no topo. A minha resposta foi de que estes países fazem tudo com os seus próprios meios. Esta é também a conclusão do Ricardo. E porquê o fazem com os seus próprios meios? Com certeza que este tipo de países podem estar a procura de coisas alheias à democracia, pois democraticamente, não é mau procurar dados de terroristas, assassinos, assaltantes de bancos ou censurar videos que incitam violência. Por exemplo, há um ano atrás, um adoscente sueco declarou pela internet e imediatamente dectetado pela polícia americana que havia se inspirado no massacre numa escola finlandesa e que queria fazer o mesmo na Suécia. Assim foi evitado um mal.
Mas se um governo procura dados de quem luta pela democracia, pelos direitos humanos, então não se expõe, evitando assim a ser condenado com provas pelas organizações de direitos humanos.