11 fevereiro 2010

Televisão e poder simbólico (3)

Vamos lá avançar mais um pouco nesta série.
No número anterior procurei mostrar o que é poder simbólico.
O poder simbólico age em múltiplos campos. Esse múltiplos campos são filtrados por determinados tipos de discursos, por falas autorizadas. São - completamente - campos de relações políticas, de relações de poder.
Ao nível da televisão (tomemos a nossa como referência) creio ser possível considerar cinco campos de análise: publicidade (comercial e política), desporto, noticiários, debates e novelas.
(continua)
Adenda às 14:07 de 12/02/2010: a vermelho estão as emendas que acabei de fazer. Como sabem, é frequente eu emendar o que escrevo, ainda que nem sempre assinale as emendas.

6 comentários:

Elisio Leonardo disse...

Professor, nesta serie chegaremos ao ponto de estudar o conteudo tematico de cada um destes qutro campos?? Creio que seria muito interessante...

Abdul Karim disse...

Novelas... eu era capaz de deixar as novelas... e introduzir algo novo... obviamente,... nao gosto de novelas.

mas... sim, Professor... as novelas sao o prato forte actualmente nas nossas televisoes... novelas brasileiras... e polico-mocambicanas...

Carlos Serra disse...

Sobre a sua pergunta, Elísio: tentarei colocar alguns pontos (pequeninos) para debate, eventualmente não no sentido desejado pelos leitores....Vamos aguardar.

Elisio Leonardo disse...

Ok, Professor...

Televisão em MOZ=Novelas, pelo menos em grande parte... Se calhar algumas televisões passam mais novelas que a própria Rede Globo!!!

Porque será?? Será porque as novelas nos distraem, isto é, nos tiram da realidade do país e do mundo?? Fazem-nos pensar que o mundo é um paraiso, enquanto a realidade...

Escrevi sobre este assunto no Patifúndio, quando afirmei que o Brasil era a embaixada do paraiso na Terra!

ricardo disse...

Televisão, o ópio das massas alienadas...

Meu Caro Amigo (C.B. Hollanda)

Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus

Música aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=WPEPj3wpSb0&feature=related

Anónimo disse...

Qualquer dia Moçambique vira colónia Brazileira, ou extensão daquele país.
Detesto novelas, pouco ou nada se aprende com elas, só servem para a juventude perder o gosto pela leitura e muita gente fica viciada.
No entanto, como não sou fatalista, diria que tudo com moderação seria o ideal.
Maria Helena