O sociólogo brasileiro José de Souza Martins tem um texto interessante sobre linchamentos.
É o linchamento uma manifestação de desordem? Resposta dele: "O linchamento não é uma manifestação de desordem, mas de questionamento da desordem. Ao mesmo tempo, é questionamento do poder e das instituições que, justamente em nome da impessoalidade da lei, deveriam assegurar a manutenção dos valores e dos códigos."
É fácil encontrar dados para se analisarem os linchamentos? Resposta dele: "A principal fonte de dados (no Brasil, C.S.) para esse tipo de comportamento coletivo é o noticiário dos jornais (...), tal como se deu nos Estados Unidos. Ocorrência súbita, impensada, explosão passional determinada por fortuita combinação de circunstâncias, os linchamentos não se situam entre os acontecimentos previsíveis, que viabilizem a pesquisa sociológica planejada e a presença testemunhal do pesquisador."
Importe o texto aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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2 comentários:
Se incluimos os linchamentos americanos na historia, creio que o qestionamento nao e so da desordem, mas tambem da ordem... uma catarse, uma cansaco, uma discordancia, um protesto...
E o interessante e quando se chega ao ponto em que a morte violenta de um concidadao deixa de ser noticia... normalmente e quando estamos em guerra...
Sim...Espero postar amanhã mais um pequeno texto sobre linchamentos, melhor dito, sobre movimentos sociais, de uma colega da Unidade de Diagnóstico Social.
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