15 dezembro 2006

Xtaka Zero: uma extraordinária banda de intervenção social


Acabei de ouvir o último trabalho da banda Xtaka Zero.
Uma banda de excepcional valor, produto de imenso e visível trabalho, um ritmo belo e mestiço, forte e doce, filho do rap, da marrabenta e creio que também da música popular sul-africana(sinta-se a beleza de "Tsundzekela", do arranjo no clássico "Vou morrer assim" e de "Timaka ta chapa"); letras de uma aguda e atenta intervenção social.
Todo o país urbano, com a complexidade dos seus problemas sociais, da pobreza à corrupção a todos os níveis, é passado a pente fino. Oiça-se, em particular, "Skit..Oh...só Ministro", "Greve geral", "txunabeibes", "Topoliça", "Skit...Chapa 100" (absolutamente notável) e "Timaka ta chapa" (um ritmo vigoroso, que se sente bem na alma).
De facto, a vida está "Underground", para usar o título de um dos 19 excelentes trabalhos do Xtaka Zero.

Enfim, um exemplar trabalho...sociológico.

6 comentários:

Anónimo disse...

Exactamente o inverso daquilo que, durante muitos dias estivemos a debater aqui neste espaco.
Digladiamos bstante sobre um pretenso "termo de referência" para uma crítica social nao violenta.
Este é o exemplo.

Carlos Serra disse...

Egìdio: como o seu comentário entrou repetido por quatro vezes, apaguei as repetições. Abraço!

Anónimo disse...

Esta banda é composta por elementos que fazem parte dos melhores repistas do nosso belo
Mocambique, sao de uma criacao lirica invejavel. Porém, quando se apresentam ao público, ou seja rádio televisao, a maneira de se expressar e o o que transmitem ao público contraste grandemente com o teor das suas letras.
Fazem um reverso da moeda com o MC Roger, pois esse comunica-se muito bem, mas o conteudo das suas letras ...
Pensem nisso Xtakas

Carlos Serra disse...

Excelente o que escreveu, Altruísta! Obrigado!

Anónimo disse...

Feliz por saber que "vocês" os sociólogos finalmente despertaram para outras realidades do nosso viver colectivo, passando a abordar de forma séria os habitualmente excelentes retratos sociais que nos são trazidos pelos nossos artistas. É que já estavamos cansados de análises políticas pra aqui, pseudo análises para acolá, num exercício rotineiro sem qualquer resultado prático. Avante compatriotas. Parabéns.
Celso.

Carlos Serra disse...

Estamos juntos, Celso!