16 dezembro 2006

País da marrabenta


Ontem ouvi um dos cds do Sr. Mc Roger (num dos trabalhos desse cd o cantor diz a uma jovem que ele é especial e que entrará com ela no cinema pelo lado VIP), que desliza pelas ruas da cidade em seu carrão de luxo e faz questão de cantar um rap amorfo, "neo-liberal", laudatório, bajulatório ("Patrão!", recordai-vos), feito Michael Jackson de paróquia.
Hoje, curei por completo as minhas úlceras gástricas afectivas motivadas por esse rap, ouvindo o hip hop do Gpro Fam.
Proponho-vos, aos que ainda não ouviram, a escuta do "País da marrabenta".
Um notável documento sociológico que mostra a pobreza multilateral entre os carros de luxo deste país.
Nós, estudantes do social, temos de dedicar mais tempo ao estudo das letras das nossas canções.

N.B. Sabem, tenho saudades das canções de Jeremias Ngwenha, de letras do género "wodja pawa ra nwana (estão a comer o pão da criança). Constou-me que ele abandonou a canção e é agora pregador algures. Alguém me sabe dizer algo a propósito?

2 comentários:

Anónimo disse...

O MC Roger é um home com muitas ideias, muita vontade de falar do seu país, no entanta nao conhece o seu país real.
Outrossim, nota-se que apesar de ser um "cantor" de arte nao tem nada, mormente a arte de escrever poesia para as suas letras.
Aconselho-o a pedir alguém para o fazer.

Quanto a G-Pro, nao consigo entender como aparecem num momento com uma musica com letra bem consebida e noutro, posterior com letras para piril pimpim.
Será que calhou...

Carlos Serra disse...

Oh....., o "piril pimpim"! Diga-me: em que cd se encontra isso? Perdoe a minha lamentável ignorância musical.