Extracto de um trabalho com o título em epígrafe, datado de 2006 e da autoria do brasileiro Beluce Bellucci, então director do Centro de Estudos Afro-Asiáticos e pró-reitor da Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro. Aqui.
Pergunta: o que os leitores têm a comentar sobre o texto?
4 comentários:
O texto de Bellucci e uma leitura mais do que interessante das relacoes entre o capital e o trabalho. Tirando algumas falhas factuais, normais quando se trata de escritores estrangeiros, como o ter escrito que o Acordo de Paz foi assinado em Agosto de 1992, quando na realidade foi assinado a 4 de Outubro, bem como ter escrito Chissamo no lugar de Chissano, penso que e um trabalho que contribui sobremaneira na compreensao da dinamica e interaccao entre capital e trabalho! A questao que se coloca e, que estrategias podem ser encetadas para mudar esta dinamica? Como mudar a balanca e a dinamica a favor do trabalho? Porque e que apesar de O PARPA, o Plano Quinquenal do Governo afirmarem que o objectivo fundamental do governo e a criacao do emprego/trabalho, o grande vencedor desta batalha continua a ser o capital?
O artigo tem o merito de problematizar questoes contemporaneas e de convidar-nos a uma reflexao sobre um dos problemas mais candentes da sociedade mocambicana!
Esta pois de parabens!
Um abraco academico,
MA
O mérito do trabalho do brasileiro está que aborda a maneira como se ganha muito dinheiro explorando mao-de-obra barata. Nas "histórias de sucesso" nunca falamos disso. Explorem a bibliografia académica daí e verão que é tema ausente.
Corresponde exactamente ao que eu tenho estado a RECLAMAR desde a primeira hora.
Ainda bem que alguem sistematizou as nossas ideias.
Muito obrigado prof. Belluce Belluci por ter feito aquilo que nenhum "quadro" nacional se atreveria a fazer em Mocambique: Dizer a verdade!
É excelente o estudo do prof. Belluci, por isso (os motivos que o professor descreve) acho eu e cada dia com mais certezas que daí surgirão problemas diversos. um deles é a xenofobia. não vamos escapar a esse fenómeno. viajei recentemente até ao centro do país e observei que há cada vez mais pessoas de origem asiática (paquistaneses, libaneses, indianos,etc) nas cidades e distritos como as de chimoio, Beira, Tete, Manica, etc). há cada vez mais vozes de revolta nesses locais. conversei poucas pessoas, é certo, mas acho sinceramente que o sentimento é geral. com o número de pessoas desempregadas aumentando e a falta de alternativas, alcançam quem lhes está mais proximos.
Enviar um comentário