No "Nova Era" electrónico editado na cidade de Nampula, com data de hoje. Repare-se como os régulos parecem trajar fardas e galões de general. O presidente do Conselho Municipal da cidade, Mahamudo Amurane, é do partido Movimento Democrático de Moçambique, que ganhou as municipais locais de 2013. Imediatamente, segundo o jornal, a Frelimo reagiu, agastada, considerando que a oferta é "um acto político e que tem por objectivo garantir a vitória nos próximos pleitos eleitorais. Para Pedro Gulhumba, membro da Assembleia Municipal pela bancada da Frelimo, o que o presidente do município está a fazer constitui autêntico desrespeito aos princípios constitucionais e uma tentativa de aliciação."
Adenda às 07:23: Especialmente a partir de 1960/1962, quando os ventos da libertação nacional soavam em África e a Frelimo estava a nascer na Tanzania, o regímen colonial começou a "modernizar" os régulos (que tinham um papel importante nos chamados "tribunais privativos dos indígenas"): casas de alvenaria (do tipo daquelas de Cateme, em Tete...), percentagem maior da cobrança de impostos, salários, fardas generalícias, bicicletas, assentos melhorados nas carroçarias dos carros administrativos, etc. Estudei isso em profundidade na Zambézia, há muitos anos. Defendo que, juntamente com os cipaios dos corpos de milicianos, os régulos jogaram um papel decisivo no bloqueio da luta armada da Frelimo nessa província.
2 comentários:
Não percebi a contextualização da adenda em relação à iniciativa do MDM em Nampula, Professor.
Mas entendo que o investimento em meios de trabalho e conhecimento nos líderes locais é mais sensato que o desvio de recursos produtivos e reprodutores para o estabelecimento das mordomias dos deputados e dirigentes do Estado na reforma à margem do INSS. Está sim é uma manobra política bem maviosa.
Encorajo mesmo o MDM a prosseguir com a informatização da gestão local e territorial para efeitos de modernização e segurança de dados.
Em lugar de defender que uma motorizada é um artigo anticonstitucional deviam era replicar a iniciativa. Para os que assim procedem os líderes locais são apenas manuseadores de rapé e nina quando o chefe vem e inaugura mais um poço.
essa e boa iniciativa, para que haja dinamismo no trabalho temos quealocar meios seja humanos, circulantes, materiais moveis e imoveis, ese jovem tem algum censo bom ao fazer isso, e seria bom que a iniciativa fosse alastrada para outras autarquias locais. so a mal pode ser na seleccao dos beneficiarios, e que nao haja seleccao baseiada na frente politica .
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