Da minha introdução ao livro com capa abaixo, já à venda em Maputo, Luanda e Lisboa: "Num mundo com crescentes terramotos sociais, cheio de pontos de interrogação, moderno de técnicas criminalizantes e punitivas, pleno de intolerância, de racismos sem raça e de estrangeiros sem nação, temos tendência a culpar o rio, esquecendo-nos das margens que o comprimem e o aviltam, para fazer uso de uma imagem de Bertolt Brecht. As margens do rio de Brecht colocam o problema do que efectivamente está em causa. O que efectivamente está em causa – a chave de todas as formas históricas de exclusão social – não tem a ver com pessoas boas e pessoas más em si, nascidas num mundo “naturalmente” desumano e “naturalmente” excludente, mas com pessoas que se tornam boas ou más, incluídas ou excluídas, humanas ou desumanas, abrigadas ou desabrigadas, sãs ou doentes, de acordo com determinados modos de produção e de reprodução da vida."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Já o compei no polana center ontem. Pequeno e excelente.
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