Terceiro número da série. Escrevi no número anterior que estava em causa nesta série não a purificação da polícia exigida pelos antigos combatentes da libertação nacional sediados na Gorongosa, mas a purificação das ideias. O que significa purificar ideias? - perguntei-me. Respondi: significa torná-las potáveis, possíveis de consumo. E acrescentei: é por esse lado que tenho a intenção de vos dar conta de algumas figuras da alteridade do nosso país, figuras questionantes, figuras inquietadas e inquietadoras. O que fazem essas figuras, essas pessoas? Questionam, põem em causa ideias e situações correntes ou que se pretendem correntes. Essas figuras, essas pessoas, pertencem a vários níveis do nosso social. Quem são elas? Se não se importam, prossigo mais tarde.
(continua)
1 comentário:
"Não se pode dar aos médicos o que eles acham digno porque o país é pobre"[AEG, ontem]
"A pobreza está na cabeça das pessoas"[AEG, antes]
PS: O juramento de Hipócrates é relativo à profissão e não à relação de trabalho entre o empregado e entidade empregadora. Mesmo desempregado (ou em greve, ou até na tropa onde mesmo sob risco de ser morto, não pode matar e ainda quando necessario, tudo fazer para salvar a vida ao soldado inimigo) o médico está sob juramento profissional. Tentar diabolizar o médico que luta pelos seus direitos porque há pessoas a adoecer é maldade de quem tem por hábito distorcer factos para aproveitamento político.
PS2:Se o país é pobre que o seja para todos. Se a soluçao passa por baixar os salários de todos que assim se decida. E que a bitola sejam os salários dos profissionais de saúde, área aliás transversal a toda a sociedade. Talvez por aí se regule o mercado.
VIVA A DIGNIDADE
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