O que se está a passar no Centro do país - espécie de pequeno pesadelo escapado do baú da guerra de 1976/1992 - coloca frente a frente duas linhas.
De um lado, temos a linha que defende a solução estatal pura, fazendo-a passar pela defesa intransigente das leis e das regras vigentes nos órgãos de soberania do país. Aqui estão em jogo instituições.
De outro lado, temos a linha que defende a solução política pura, fazendo-a passar por cima das leis e das regras vigentes. Aqui estão em jogo pessoas.
Se a situação militar no Centro se mantiver (poderá mesmo agravar-se, inclusive sair fora do perímetro estreito Muxúnguè/Save), provavelmente a segunda linha vai prevalecer, com alguma adaptação elegante e jurídica da linha estatal para não parecer que o reinado institucional se perdeu.
Nesse sentido e no que concerne às delegações negociais, Pacheco do lado governamental e Macuiane do lado da Renamo poderão ser brevemente substituídos por personalidades de muito maior peso político.
Finalmente, tenho por hipótese que a solução do problema não passa pela via militar. Declarações e práticas musculadas nessa via não vão resultar.
Adenda às 5:49: situação na Estrada Nacional n.º 1 em termos de segurança, segundo a "RTP": "(...) viaturas que seguem para o centro e norte são perfiladas no rio Save e para o sul em Muxúnguè, escoltadas em coluna por blindados e um contingente militar fortemente armado, numa distância de 100 quilómetros, o raio que a Renamo anunciou interditar a circulação desde a semana passada."
Adenda 2 às 6:01: confira o que escreveu um jornal sul-africano quando se estava apenas na ameaça da Renamo e ainda não havia ataques na Estrada Nacional n.º 1, aqui.
Adenda 3 às 9:49: "A polícia tem tido dificuldades de encontrar os homens da Renamo porque, depois dos ataques, normalmente, trocam a farda e se vestem a civis e, por vezes, até passam perante a força que está à sua procura."
Adenda 4 às 9:51: "A empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) anunciou, ontem, a suspensão da venda de bilhetes na província de Tete e consequente paralisação da circulação de comboios, devido à insegurança que se vive na região, decorrente dos ataques registados no centro do país."
Adenda 5 às 11:09: nenhuma referência no "Africa Xinhuanet", aqui.
De um lado, temos a linha que defende a solução estatal pura, fazendo-a passar pela defesa intransigente das leis e das regras vigentes nos órgãos de soberania do país. Aqui estão em jogo instituições.
De outro lado, temos a linha que defende a solução política pura, fazendo-a passar por cima das leis e das regras vigentes. Aqui estão em jogo pessoas.
Se a situação militar no Centro se mantiver (poderá mesmo agravar-se, inclusive sair fora do perímetro estreito Muxúnguè/Save), provavelmente a segunda linha vai prevalecer, com alguma adaptação elegante e jurídica da linha estatal para não parecer que o reinado institucional se perdeu.
Nesse sentido e no que concerne às delegações negociais, Pacheco do lado governamental e Macuiane do lado da Renamo poderão ser brevemente substituídos por personalidades de muito maior peso político.
Finalmente, tenho por hipótese que a solução do problema não passa pela via militar. Declarações e práticas musculadas nessa via não vão resultar.
Adenda às 5:49: situação na Estrada Nacional n.º 1 em termos de segurança, segundo a "RTP": "(...) viaturas que seguem para o centro e norte são perfiladas no rio Save e para o sul em Muxúnguè, escoltadas em coluna por blindados e um contingente militar fortemente armado, numa distância de 100 quilómetros, o raio que a Renamo anunciou interditar a circulação desde a semana passada."
Adenda 2 às 6:01: confira o que escreveu um jornal sul-africano quando se estava apenas na ameaça da Renamo e ainda não havia ataques na Estrada Nacional n.º 1, aqui.
Adenda 3 às 9:49: "A polícia tem tido dificuldades de encontrar os homens da Renamo porque, depois dos ataques, normalmente, trocam a farda e se vestem a civis e, por vezes, até passam perante a força que está à sua procura."
Adenda 4 às 9:51: "A empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) anunciou, ontem, a suspensão da venda de bilhetes na província de Tete e consequente paralisação da circulação de comboios, devido à insegurança que se vive na região, decorrente dos ataques registados no centro do país."
Adenda 5 às 11:09: nenhuma referência no "Africa Xinhuanet", aqui.
2 comentários:
Por estas bandas do Atlântico como sabem e perante uma situação idêntica a solução foi militar consistindo em "decapitar" a cabeça do adversário chamado Savimbi.
A solução militar dos falcões do costume só vai agravar a situação e a solução à MPLA aqui não vai resultar.
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