Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
O chavao que a policia usa e sempre: alvejou mortalmente quando um cidadao tentou, sem sucesso, retirar a arma ao policia! Em Lioma, em Moma, e em todas as manifestacoes e sempre isso. Sera!? Acreditem os que quiserem! Nao ha gas lacrimogenio neste pais. Sempre balas reais!!!!
Começo a pressentir (para além das outras questões que já aqui levantei) que o acento tónico da palavra CÓLERA conjugado com o de CLORO possa a estar a amplificar o problema.
Para começar, imaginemos o que poderá ter despertado o problema. Numa aldeia qualquer de Nampula, alguém foi a um Posto de Saúde consultar-se e, quando de lá voltou, estava com cólera que contaminou a família inteira. Causa provável: a falta de higiene do Posto de Saúde!
A partir daqui foi um corropio. E rapidamente o assunto se espalhou como uma queimada.
De Nampula às províncias vizinhas funcionou o sistema B.O.A.T.O.
Com um detalhe, em certas zonas a palavra COLERA é pronuncia "coulèra" enquanto CLORO pode ser pronunciado "coulòro".
Então, para se saber que os técnicos de saúde estavam a espalhar um pó branco chamado "coulòro", só poderia ser "coulèra"...
Isto, sem querer ferir susceptibilidades.
Mas há coisas tão simples, que para nós não chegam a ser tão óbvias...
Sempre defendi que o fenómeno é bem mais complexo do que a sua redução a uma confusão fónica com a palavra cólera. Nos últimos 2 anos interrogo-me sobre o significado social da perda de fluidos, da perda do sentido da vida via diarreia. Etc.
5 comentários:
Vamos construir um pais melhor,
Vamos construir uma nacao,
Vamos sonhar um ideal,
Vamos viver esse ideal,
Vamos construir um pais melhor,
Vamos construir uma nacao,
Vamos transformar o sonho,
Vamos criar vida,
Vamos construir um pais melhor,
Vamos construir uma nacao,
Vamos sonhar um ideal,
Vamos viver esse ideal,
O chavao que a policia usa e sempre: alvejou mortalmente quando um cidadao tentou, sem sucesso, retirar a arma ao policia!
Em Lioma, em Moma, e em todas as manifestacoes e sempre isso. Sera!?
Acreditem os que quiserem!
Nao ha gas lacrimogenio neste pais. Sempre balas reais!!!!
Meu Caro Professor...
Começo a pressentir (para além das outras questões que já aqui levantei) que o acento tónico da palavra CÓLERA conjugado com o de CLORO possa a estar a amplificar o problema.
Para começar, imaginemos o que poderá ter despertado o problema. Numa aldeia qualquer de Nampula, alguém foi a um Posto de Saúde consultar-se e, quando de lá voltou, estava com cólera que contaminou a família inteira. Causa provável: a falta de higiene do Posto de Saúde!
A partir daqui foi um corropio. E rapidamente o assunto se espalhou como uma queimada.
De Nampula às províncias vizinhas funcionou o sistema B.O.A.T.O.
Com um detalhe, em certas zonas a palavra COLERA é pronuncia "coulèra" enquanto CLORO pode ser pronunciado "coulòro".
Então, para se saber que os técnicos de saúde estavam a espalhar um pó branco chamado "coulòro", só poderia ser "coulèra"...
Isto, sem querer ferir susceptibilidades.
Mas há coisas tão simples, que para nós não chegam a ser tão óbvias...
Sempre defendi que o fenómeno é bem mais complexo do que a sua redução a uma confusão fónica com a palavra cólera. Nos últimos 2 anos interrogo-me sobre o significado social da perda de fluidos, da perda do sentido da vida via diarreia. Etc.
O sistema B.O.A.T.O., ver aqui:
http://images.google.co.mz/images?rlz=1C1GGLS_pt-PTMZ343MZ343&sourceid=chrome&q=B.O.A.T.O.&um=1&ie=UTF-8&ei=u2WFS7mZM8yTjAevyoSKAg&sa=X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=4&ved=0CBoQsAQwAw
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