13 abril 2009

Cortes nas despesas públicas: onde, como e quando?


Comentário: teria sido interessante se o presidente da CAEM, Salimo Abdula, tivesse proposto onde, como e quando deveriam operar os cortes. Os leitores têm propostas? Entretanto, recordem uma decisão do ministro sul-africano das Finanças, Trevor Manuel, aqui.

6 comentários:

Anónimo disse...

Professor,

Substituir Salimo Abdula, e se necessario extinguir o CTA.

Nao estao a fazer nada!
so 'e mecanismo de captacao de receitas para uso e abuso individual!

Tenho Dito

MZ

Anónimo disse...

> É estranho que os empresários (que vivem do consumo) proponham cortes nas despesas públicas (menos consumo) = menos salários, menos investimento = menos negócio, menos emprego, menos riqueza.

> Provavelmente a CTA queria propor: mais RACIONALIZAÇÃO na aplicação dos recursos disponíveis, isto é, priorizar o essencial e reduzir /eliminar o superfluo.

> Ironizando: seria de aplaudir, se Salimo Abdula, consagrado lobista da nossa praça, e actual PCA da Vodacom, propusesse que, no aparelho de Estado, aos que têm direito a telemóvel, fosse limitado o valor do contrato; fossem atribuidos "plafond´s" razoáveis.

- A poupança (eliminação do superfluo) na factura mensal do Estado, daria,seguramente, para a compra de muitas carteiras para as escolas (investimento)que tanta falta faz.

> Moçambique não precisa de reduzir o consumo, antes pelo contrário: precisa de Consumir mais, MAS, Melhor!

AM

Anónimo disse...

Na verade ele disse. Que seja necessário racionalizar até concordo com ele mas falhou pecaminosamente ao propôr que tenha que ser em áreas sociais para o governo investir em infraestruturas. Mostrando que apenas está preocupado com ele próprio para viabilizar seus projectos de enriquecimento em prejuizo dos pobres... O investimento em infraestruturas é necessário mas propôr um corte em áreas sociais é um absurdo num pais como o nosso. Alias, a comunidade internacional reclama a redução na saúde...

Anónimo disse...

O sr.Salimo fala de boca para fora pq ele e um dos beneficiarios do despesismo.Como cortar habitos ja implantados a anos e anos???Fala se da crise mas vao se comprndo WABENZIS para tdo qto e chefinho ate aos membros da CNE que agroa tem estatuto de Ministro e vices-que aberracao.Quem esta no terreno sao os STAEs e nao a CNE e as suas comissoes Provinciais que fcam sentadinhos nos gabinetes,nos ACs a espera das actas e editais sem elas nao haveria vencedores e nem vencidos,vamos dar regalias a quem trabalha e merece e nao continuarmos com ouca vergonha,nepotismo e estupidez.......................

Chacate Joaquim disse...

Anónimo proponho que analise bem o Salimo! (1)veja que as áreas sociais que ele se refere é cortar salários, diminuir as obrigações do Patronato para com os trabalhadores (diminuir as indemnizações, dias de férias, contractos precários, 10 anos do regime probatório) isto tudo vem racionalizar o sector empresarial!este foi maior triunfo da CTA desde a sua criação!

(2)O mercedismo dos PCAs, Ministros e vice-ministros pode efectivamente ser poupado mas a educação pelo contrário choraminga mais verba! os técnicos estão afugir para outros sectores sobre tudo de Petróleos!

(3) Há uma outra vitória da CTA é a criação de uma empresa que congrega todas as empresas do tio Patinhas e concorrer souzinho ao estado (Cliente nº1 das empresas Moçambicanas). é uma equipe de pucha sacos do tio Patinhas estes todos! mas só se a sua governação for eterna! algumas empresas vão ser como Oliveiras que serviu de capim na luta de dois elefantes...

Anónimo disse...

Se as receitas fiscais ficam aquém do esperado, precisa se cortar as despesas. Acho que o proposto da CAEM sobre a corte do orçamento estatal pelo sector público é justo. Na realidade esta situação acontece em todas as empresas e organizações do mundo, que passam por processos de abrandamento económico. As estruturas públicas criadas pelo Governo são excessivas. Isso é marketing político com o dinheiro dos contribuintes e doadores. O excesso de mão-de-obra do Estado (180.000 funcionários e agentes de Estado com 30.000 promoções e progressos automáticas cada ano) de facto promove o clientelismo e tem pouco ou nada a ver com a justificação oficial pelo mesmo, os chamados objectivos de desenvolvimento do milénio. Por isso deviam ser congelada todas as promoções e deviam baixar significativamente os salários e privilégios de muita gente (incluindo aqueles dos ministros, vice-ministros, assessores, secretários, vice-secretários, motoristas e outros funcionários públicos) e tirar da administração pública todos aqueles funcionários e agentes que pouco ou nada fazem. Despedimentos não excluídos. Solidariedade zero com os “preguiçosos”! A corte das despesas públicas é uma medida para implementar processos administrativos mais eficientes através de novas tecnologias, aumentar com rigor a flexibilidade e produtividade, reduzir a corrupção e o desvio de fundos. É preciso impor disciplina no sector público e acabar com cultura de laxismo. É preciso corrigir também as distorções provocadas pelo excesso de burocracia. O dinheiro poupado pode contribuir para o combate à pobreza, a educação, a saúde ou a defesa dos Direitos Humanos. Partilho a racionalidade económica da CAEM. Estou à espera de cortes pelo sector público, em um processo conjunto com os clientes do mesmo, os chamados “cidadãos clientes”, iniciativas, organizações e membros da sociedade civil.

Um abraço
Oxalá