Data de 1506 o que parece ter sido, na história colonial de Moçambique, a primeira notícia sistemática de presentes ou saguates dados a "uma rainha cafre mulher de um rei cafre que confina com a terra dos cafres (provavelmente Muenemutapua, C.S.), consistindo no seguinte: uma camisa branca de algodão, um ramal de corais, um de alamares, três ramais de estanho, uma "bacia de barbeiro" e uma "bacia de mijar" (sic).
Recorde-se que os Portugueses se fixaram no nosso País em 1505, construindo uma feitoria-fortaleza no litoral de Sofala.
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Anhaia, Pero de, Mandato de Pero de Anhaia, capitão-mor de Sofala aos contadores de El-Rei (1506), in Documentos sobre os Portugueses em Moçambique e na África Central, vol. I, 31 de Janeiro, p.384.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
Ahhhhhhh! Bacia de mijar para rainha???
Eh rainha nao tem direito de mijar?
JAR
Infelizmente para a causa dos grandes enigmas históricos, não disponho de testemunhos para mostrar quer as razões dos Portugueses para oferecer semelhante presente, quer as reacções da rainha.
Absolutamente não, Fátima. Textos do século XVI ao XVIII foram estudados por poucos aqui, no tempo do Alexande e da Manuela Lobato. E eu passei anos a estudá-los e amá-los. Obras como a de Pinto são excelentes para esse tipo de estudos.
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