21 janeiro 2012

Do poder-coisa ao poder-relação (5)

Quinto número da série.
Com efeito, é na relação social  e só nela que alguém poder ter o poder de influenciar ou de determinar a minha/vossa conduta, levando-me e/ou a vós a fazer o que sem essa relação certamente nem eu nem vós faríamos. Assim, o poder tem uma natureza intrinsecamente relacional, necessariamente relacional (isto é, claro, uma redundância, mas creio ser bom dizer que tendemos a ignorar as redudâncias) e, numa primeira formulação, pode dizer-se (ao jeito de Max Weber) que o poder de A sobre B é a capacidade que A tem de fazer com que B execute algo que ele não executaria sem a intervenção de A, a capacidade de A impôr a sua vontade a B. Portanto, é numa relação que A pode dispôr de mais recursos do que B.
Imagem reproduzida daqui.
(continua)

2 comentários:

Salvador Langa disse...

Sinceramente estou a gostar.

Marta disse...

Sem dúvida que há aqueles que defendem que certos indivíduos já nascem com poder, "vem-lhes no sangue"...