04 julho 2010

Produção de jogadores de futebol (3)


Mais um pouco desta série.
Escrevi no número anterior que há três coisas a ter em conta: 1. A transformação dos clubes profissionais de futebol em fábricas de produção de jogadores; 2. A transformação dos jogadores em mercadorias; 3. A concorrência generalizada entre as equipas-fábricas-marcas.
A ideia de que os clubes de futebol são apenas conjuntos de jogadores que treinam afincadamente para entrar em competições e vencê-las buscando o prestígio, não tem qualquer validade. Um clube profissional está definitivamente orientado para ser uma empresa que cultiva, que produz futuros jogadores (desde as escolas de iniciação), que os faz conhecer em torneios se possível ganhantes e os vende depois. Clubes de futebol como o Real Madrid e o Futebol Clube do Porto, por exemplo, são fábricas de jogadores como a Mercedes o é de carros e a Dell de computadores.
Um jogador é bem mais do que isso, do que uma máquina de jogar: é uma mercadoria, a mercadoria Drogba ou a mercadoria Messi.
Imagem retirada daqui.
(continua)

2 comentários:

Anónimo disse...

Bem,Professor, os clubes profissionais desde á muito passaram a ser INDUSTRIAS, em muitos casos quotadas em BOLSA!

Os jogadores profissionais são os MEIOS DE PRODUÇÃO dessas industrias.

Mas não apenas no Futebol. Todo o desporto de Alta Competição, pelas verbas que os torneios envolvem entram na mesma categoria de industrias. Negócio!

Anónimo disse...

Hoje em dia, eles são marcas: como se fosse a marca da pasta dentifrica "Colgate" ou de bebidas "cola-Cola", existe a marca Messi, Ronaldo (Cristiano) e José Mourinho. São marcas registadas que vendem e vendem bem!!!
M