Há dias, o autor de um blogue do género copia/cola/mexerica divulgou com grande alarido um texto escrito por alguém com pseudónimo, com o título da imagem abaixo. A ideia a passar era de que a Frelimo programara um atentado para matar os mediadores do diálogo político em curso no país [amplie a imagem clicando sobre ela com o lado esquerdo do rato].
Entretanto, com data de ontem, o "Magazine Independente" publicou um desmentido do chefe dos mediadores internacionais, Mario Rafaeli, reproduzido logo abaixo, fonte aqui. [amplie a imagem clicando sobre ela com o lado esquerdo do rato]
O que é uma lenda ou um boato? Lenda urbana, boato ou rumor é "um relato anónimo, breve, com múltiplas variantes, de conteúdo surpreendente, contado como verdadeiro e recente num meio social do qual exprime de maneira simbólica os medos e as aspirações" (in Renard, Jean-Bruno, Rumeurs et légendes urbaines. Paris: PUF, 2006, 3.e éd, p.6).
Aqui e acolá, tirando partido da inquietação e como que da componente subliminar das pessoas, surgem relatos de hecatombes bélicas, irrompem descrições de fenómenos objectivamente fabricadas para causar inquietação e pânico, reportagens com fontes havidas por credíveis dando conta de dezenas de mortos e de feridos em combate, recurso a fontes que só têm um lado emissor, saladas informativas ruidosas juntando dados prepositadamente fora do contexto, proliferação de arautos da tragédia sem fim multiplicando sem pausa, por mil caminhos, textos castrenses, etc.
Somos crédulos, porosos ao diz-que-diz ad populum, às verdades de oitiva, às petições de princípio, ao non sequitur, às falácias com argumentos capciosos, ao estabelecimento de imputações, de associações e de generalizações erradas.
Vivemos uma época política propícia aos boatos. Os boatos ganham terreno quando duas condições estão reunidas: incerteza e medo. Há dois tipos de boatos: os espontâneos e os intencionalmente provocados. Neste último caso, regra geral de natureza política, podem assumir o papel de mísseis ideológicos devastadores.
Fungulamaso [=abra o olho, esteja atento] perante a pistolagem cibernética.
Somos crédulos, porosos ao diz-que-diz ad populum, às verdades de oitiva, às petições de princípio, ao non sequitur, às falácias com argumentos capciosos, ao estabelecimento de imputações, de associações e de generalizações erradas.
Vivemos uma época política propícia aos boatos. Os boatos ganham terreno quando duas condições estão reunidas: incerteza e medo. Há dois tipos de boatos: os espontâneos e os intencionalmente provocados. Neste último caso, regra geral de natureza política, podem assumir o papel de mísseis ideológicos devastadores.
Fungulamaso [=abra o olho, esteja atento] perante a pistolagem cibernética.
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