Numa importante intervenção feita em Coimbra em 2003, Augusto Paulino, antigo Procurador-Geral da República, recordou as seguintes palavras de Teodato Hunguana (na imagem), pronunciadas em 2002 na Assembleia da República: "A única forma de evitar que o Estado caia definitivamente nas malhas do crime é desencadear uma guerra sem quartel contra os mentores da alta criminalidade e, também, dos seus executantes ou instrumentos. Um combate apenas dirigido contra estes, deixando aqueles incólumes e intocáveis, significa manter instactas as fontes da sua reprodução, fontes que se tornam cada vez mais poderosas e capazes de se apropriarem do próprio Estado".
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Tal desiderato ainda é possível se todos trabalharmos para efectiva independencia dos poderes legislativo, executivo e judiciario.
Os membros do Governo deviam suspender a sua condição de membros do partido enquanto durasse o seu mandato executivo. Porque os Governos deviam ser pensados como se pensa uma Selecção Nacional de futebol, pela meritrocacia e nunca pelo seu clube. Os resultados positivos para o país devem ser o foco.
As palavras sábias de Teodato Hunguana (2002) deviam ser debatidas em todo o pais, do Rovuma ao Incomati.
Fungulamaso, MOZ !
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