20 abril 2016

Acertam em muito pouco

De Carlos Cardoso, jornalista moçambicano assassinado a 22 de Novembro de 2001, em texto de 1997 divulgado num livro sob minha direção em 1998, com a capa na imagem abaixo: "Sou, pois, contra um sistema político de economia desenvolvida aplicado automaticamente a um país de economia sub-desenvolvida. Não temos dinheiro para isso. Prefiro, de longe, um período longo de erros nossos, cometidos por nós, para aprendermos. O Banco Mundial recusa sistematicamente autorizar Moçambique a fazer os seus próprios erros e, assim, estamos sempre a apanhar com os erros deles. Acertam em muito pouco. A vice-ministra Luísa Diogo disse no último sábado, no “Linha Directa”, que a taxa de falhanço do Banco Mundial nos seus projectos atingia, nalguns casos, mais de 50%. Nenhum banco comercial poderia sobreviver com uma taxa de falhanço dessas." Aqui.

1 comentário:

nachingweya disse...

"Acertam em muito pouco" mas sempre mandam porque estão sempre na mó de cima por causa da tipologia dos nossos erros, nós que nos cremos sempre certos.
NB: Se começarmos a puxar pelo atum a partir da pateira mais nos vai parecer uma enguia engordada. A desova deve ter acontecido na albufeira de Cahora Bassa com a reversão. O peixinho começa a nadar para a foz do rio com uma paragem em Caia a saborear as migalhas de betão caidas da obra. Fortalecido mas ainda com apetite desafia a corrente do Zambeze e descansa na curva do rio onde os suculentos pedaços de betão da segunda ponte nao tem hipotese de escape. A viabilidade do petisco esta em interditar por completo a via fluvial ao vizinho mesmo com sacrificio dessa porta ao carvao.Ao mesmo tempo o bicho vai afiando a dentadura para o Mphandha Nkhuwa que pode surgir. Com a demora o apetite começa a fazer dano. Daí uns edifiozinhos para so ministerios, um escritoriozinho para uso proprio. Da baia a vista é inspiradora, nao tardou que se petiscasse da Circular e da ponte em regime de adiantamento por causa de um timing adverso com possibilidades de controlo a partir de Muxara, ai proximo da base logistica de Pemba.
Estendendo-se de Palma a Ponta do Ouro e de Mágoe ao Chinde havia que o esta estabelecer o esquema de captura de tanto atum para, ja com alguma tranquilidade nos deliciarmos com sushi nos umbrais da pateira original!Nasceu a EMATUM e seus irmãos gemeos Pro Indicus e Terminal Logistica de Pemba.Genial!, reconheçamos.
Será que o Banco Mundial acerta muito pouco?