13 dezembro 2013

Triunvirato pré-candidato da Frelimo e duplo poder (2)

Segundo número da série. No número inaugural fiz a seguinte pergunta: tem a Frelimo e, por extensão, o país, algo que poderá assemelhar-se a um duplo poder?
A minha resposta é esta: sim, tem a ver com a possibilidade futura de um duplo poder mas de génese e configuração distintas.
Esse duplo poder poderá traduzir-se numa presidência estatal absolutamente determinada pela presidência partidária.
Permitam-me considerar dois fenómenos percutores: (1) envelhecimento dos produtores da independência nacional mais visivelmente directivos e (2) ameaça de concorrentes políticos jovens e hábeis de outros partidos.
Na verdade, algumas das mais marcantes figuras da produção da pátria envelheceram num país jovem e de jovens como é o nosso. Acresce que nem todas foram e são tão públicas, tão conhecidas, quanto Samora, Chissano e Guebuza. Para os produtores de raiz da pátria o desafio político imediato consiste em saber como manter por mais tempo a sua dominação real através de uma direcção estatal formal, de transição, assegurada por sucessores mais jovens, pós-independência, disciplinados e obedientes. Se não se importam, prossigo mais tarde.
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

A minha impressão é que nenhum deles é o mais adequado para as eleições. E como foram feitas as escolhas?