Terceiro número da série. A dominação real referida no número anterior tem menos a ver com o poder de figuras com os nomes A, B ou C, do que com uma lógica grupal, lógica que vai para além da visão habitualmente individualizante consistindo em ver Guebuza, por exemplo, como um candidato ao poder eterno do tipo mugabeano.
É no interior dessa lógica que é avaliada a ameaça de concorrentes políticos jovens e hábeis de outros partidos. Envelhecidos os líderes primordiais da luta de libertação, a ameaça partidária externa reduz potencialmente o risco da concorrência interna e segrega a procura cuidadosa de antídotos.
Estes antídotos visam outros partidos e seus líderes mais inteligentes e programáticos, capazes de liderar trabalhos e redes políticas de base. Num país jovem e de jovens como o nosso, a juventude é o viveiro e o suporte dos líderes.
Se não se importam, prossigo mais tarde.
(continua)
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