23 dezembro 2013

Propaganda eleitoral pelo vestuário (6)

Sexto número da série. Escrevi no número anterior que importa ter em conta dois tipos de candidatos partidários: aqueles que são a linguagem textual do partido e aqueles que a inventam. No primeiro caso estamos perante seguidismo doutrinário, perante a reprodução mecânica e sem criatividade dos programas partidários, perante a cautela metodológica, perante a aplicação cuidadosa da cartilha herdada da história; no segundo, estamos perante a inovação, perante a invenção permanente, perante a subversão metodológica, perante a ausência de uma experiência assente na história e na rotina. É a este nível que desejo colocar o problema do vestuário de campanha, é a este nível que desejo mostrar quanto uma certa fotogenia de propaganda diferente tende a restaurar, a resgastar a contiguidade calórica entre eleitores e candidatos, a criar uma cumplicidade descontraída entre jovens. Se não se importam prossigo mais tarde (na imagem, aqueles que foram candidatos à presidência do município de Quelimane, respectivamente Abel Henriques da Frelimo e Manuel de Araújo do MDM, arranjo meu a partir de fotos do jornalista António Zefanias).
(continua)

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