13 dezembro 2013

O boato do tira-camisa e a síndrome de Muxúnguè (15)

---"No terreno, não se constatou quem foi recrutado, onde, como, quando e nem o quartel onde eles estejam a treinar, neste momento. Estas cinco evidências não são comprovadas.”
---"No terreno, a nossa equipa de reportagem interpelou muitos jovens sobre o assunto, no entanto, ninguém conseguiu apresentar prova desta informação, limitanto-se apenas a afirmar que circulava informação de que muitos jovens estavam a ser recrutados para tropa."
---"Se as pessoas definem certas situações como reais, elas são reais em suas conseqüências."
Décimo quinto número da série. Oitavo ponto do sumário apresentado aqui8. Significado aglutinado: síndrome de MuxúnguèFenómenos especiais: ataques armados, eleições e actuação da FIR. Os três fenómenos especiais, coadjuvados pelos outros já mencionados, podem ser resumidos numa fórmula, numa síndrome, a síndrome de Muxúnguè.
Síndrome de Muxúnguè é o conjunto de sinais e de sintomas que tipificam as manifestações de um social “doente”.
Doente como? Doente dos problemas atrás apresentados e enquadrados. O boato do recrutamento compulsivo é, afinal, o sintoma de doença social, o sintoma de uma doença que paga factura ao passado e ao presente, em meio ao receio no tocante ao futuro.
Por outras palavras: não são jovens que estão a ser recrutados compulsivamente para a tropa, são ideais, são perspectivas de futuro, são esperanças, são recusas de guerra, que são sentidas como estando a ser compulsiva e antisocialmente recrutadas, afinal furtadas.
Se não se importam, prossigo mais tarde.
(continua)

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