Adenda às 08:37: recorde um texto de 2006 do brasileiro Beluce Bellucci, aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
O grande desafio das elites das independência consiste em não duplicar a ideologia colonial. O que muitas ao conseguem.
O Artigo 2, número 1 da Constituição da República de Moçambique é peremptório: “A soberania reside no povo”.
Entretanto, nos tempos que correm, não vejo no povo nenhuma soberania.
Noutros tempos, uma concentração ruidosa do povo significava descontentamento, era motivo para que o governo arrepiasse caminho.
Actualmente, por muito que o povo reclame, chore, grite, ainda há políticos que dizem “os cães ladram e a caravana passa”.
A situação em Moatize é preocupante. A Vale está a pontapear os acordos que firmou com as famílias afectadas pela sofreguidão do “vil metal”.
O que mais me entristece é o facto de o governo estar a congelar este assunto. Tanto o governo e a mineradora vão dando ao povo, quando lhes convém, aspirina para amainar a situação os golpes do estomago. Ora, não se mata a fome com aspirinas, mas com o “povoamento” de comida no estomago.
Moatize está a transformar-se em verdadeiros poços de buracos e poluição que em breve atingirá os níveis de Chernobil.
Tenho pena dos meus conterrâneos, pois estão a ser munições para guerras entre capitalistas nacionais e estrangeiros.
Por isso, “Vou cantar para não pensar nas malambas desta vida (…). Vou sorrir para não chorar (…)”, diz o “puto português” numa das suas composições musicais. (Uso de coma na frase é minha).
Zicomo
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