26 dezembro 2013

Por terras de Tete

Adenda às 08:37: recorde um texto de 2006 do brasileiro Beluce Bellucci,  aqui.

2 comentários:

Salvador Langa disse...

O grande desafio das elites das independência consiste em não duplicar a ideologia colonial. O que muitas ao conseguem.

Unknown disse...

O Artigo 2, número 1 da Constituição da República de Moçambique é peremptório: “A soberania reside no povo”.

Entretanto, nos tempos que correm, não vejo no povo nenhuma soberania.

Noutros tempos, uma concentração ruidosa do povo significava descontentamento, era motivo para que o governo arrepiasse caminho.

Actualmente, por muito que o povo reclame, chore, grite, ainda há políticos que dizem “os cães ladram e a caravana passa”.

A situação em Moatize é preocupante. A Vale está a pontapear os acordos que firmou com as famílias afectadas pela sofreguidão do “vil metal”.

O que mais me entristece é o facto de o governo estar a congelar este assunto. Tanto o governo e a mineradora vão dando ao povo, quando lhes convém, aspirina para amainar a situação os golpes do estomago. Ora, não se mata a fome com aspirinas, mas com o “povoamento” de comida no estomago.

Moatize está a transformar-se em verdadeiros poços de buracos e poluição que em breve atingirá os níveis de Chernobil.

Tenho pena dos meus conterrâneos, pois estão a ser munições para guerras entre capitalistas nacionais e estrangeiros.

Por isso, “Vou cantar para não pensar nas malambas desta vida (…). Vou sorrir para não chorar (…)”, diz o “puto português” numa das suas composições musicais. (Uso de coma na frase é minha).

Zicomo