---"No terreno, não se constatou quem foi recrutado, onde, como, quando e nem o quartel onde eles estejam a treinar, neste momento. Estas cinco evidências não são comprovadas.”
---"No terreno, a nossa equipa de reportagem interpelou muitos jovens sobre o assunto, no entanto, ninguém conseguiu apresentar prova desta informação, limitanto-se apenas a afirmar que circulava informação de que muitos jovens estavam a ser recrutados para tropa."
---"Se as pessoas definem certas situações como reais, elas são reais em suas conseqüências."
Décimo segundo número da série. Sexto ponto do sumário apresentado aqui. 6. Eclosão na Munhava: dois fenómenos. Onde nasceram o boato e os protestos? Generalizadamente, sem ponto focal, em todos os bairros da periferia da cidade da Beira? Não, nasceram no Bairro da Munhava. Houve algum fenómeno especial na Munhava antes do dia 25 de Novembro? Sim, houve: fazendo uso de gás lacrimogéneo e de balas reais, a Polícia de Intervenção Rápida (FIR) abortou o comício de encerramento da campanha do candidato do Movimento Democrático de Moçambique, Deviz Simango. No comício estavam milhares de pessoas. Pessoas ficaram feridas e carros foram incendiados.
A memória desse fenómeno foi resgatada depois que surgiu o boato. Nessa memória foi popular e implicitamente enxertada, como se de forma perversa, a última leva, também em Novembro, de mancebos para o treino militar. Qualquer carro militar, quaisquer soldados, qualquer agente da FIR eram e foram suficientes para produzir e ampliar o boato, boato que era um sinal muito forte de inquietação e de medo.
Mas é isso suficiente para explicar totalmente o rumor? A resposta é não. Se não se importam, prossigo mais tarde.
---"No terreno, a nossa equipa de reportagem interpelou muitos jovens sobre o assunto, no entanto, ninguém conseguiu apresentar prova desta informação, limitanto-se apenas a afirmar que circulava informação de que muitos jovens estavam a ser recrutados para tropa."
---"Se as pessoas definem certas situações como reais, elas são reais em suas conseqüências."
Décimo segundo número da série. Sexto ponto do sumário apresentado aqui. 6. Eclosão na Munhava: dois fenómenos. Onde nasceram o boato e os protestos? Generalizadamente, sem ponto focal, em todos os bairros da periferia da cidade da Beira? Não, nasceram no Bairro da Munhava. Houve algum fenómeno especial na Munhava antes do dia 25 de Novembro? Sim, houve: fazendo uso de gás lacrimogéneo e de balas reais, a Polícia de Intervenção Rápida (FIR) abortou o comício de encerramento da campanha do candidato do Movimento Democrático de Moçambique, Deviz Simango. No comício estavam milhares de pessoas. Pessoas ficaram feridas e carros foram incendiados.
A memória desse fenómeno foi resgatada depois que surgiu o boato. Nessa memória foi popular e implicitamente enxertada, como se de forma perversa, a última leva, também em Novembro, de mancebos para o treino militar. Qualquer carro militar, quaisquer soldados, qualquer agente da FIR eram e foram suficientes para produzir e ampliar o boato, boato que era um sinal muito forte de inquietação e de medo.
Mas é isso suficiente para explicar totalmente o rumor? A resposta é não. Se não se importam, prossigo mais tarde.
(continua)
2 comentários:
Tenho um empregado doméstico que chegou a minha casa logo pela manhã, que me disse que veio a correr do Bairro suburbano do Miqueijo, aqui perto, porque andava um grupo de militares a por algemas e a carregar jovens para cima de uma viatura militar. Ele diz que viu com os proprios olhos e também fugiu, como mutos outros jovens da zona. Esse meu funcionário não mente. Provas? Num suburbio tem tem máquina para tirar fotos ? Mesmo se tivesse maquina teria coragem de fotografar aqueles militares armados ?
E mais boatos vão surgir especialmente no próximo ano.
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