O que se deve fazer é reformar a forma de pensar, é reformar o próprio pensamento, é eliminar as ideias nocivas, é compreender a fundo a "natureza das coisas" e o "espírito", é pôr em movimento a "autoconsciência", é fazer trabalhar a mente omnisciente, saber debater como deve ser, é praticar o "diálogo inteligente e racional" na "esfera pública", etc. Essas são algumas das piedosas medidas propostas pelos esforçados mentalistas, por aqueles para quem as sociedades dependem exclusivamente do que se modifica por cima, mantendo intacto o por baixo no qual e pelo qual se pensa e se faz o por cima. Como se as plantas pudessem viver sem a terra e sem os nutrientes que as mantêem vivas. Há mais de 150 anos, na "A ideologia Alemã" e na "Sagrada Família", Marx e Engels mostraram como funcionam as teorias dos mentalistas e as subtilezas que esgrimem para provar que o pensamento é autosustentado.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Mesmo nos meios académicos é a filosofia dominante.
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