Desacordos sobre a greve dos médicos em Moçambique povoam a imprensa, as redes sociais e os blogues ávidos do copia/cola. São três as posições: a condenação, o apoio e o híbrido não-aceito-mas-é-preciso-compreendê-la. Em todas elas existe uma forte postura ética e, em não poucos casos, uma busca de hegemonia na verdade jurídica. A este último propósito, sugiro leia dois trabalhos com os seguintes títulos: O direito de greve do servidor público do Brasil diante do princípio do interesse público e A greve no serviço público: elementos conceituais e o debate em torno da sua regulamentação, respectivamente aqui e aqui.
Adenda às 5:24: segundo o "Diário de Moçambique" na sua edição digital de hoje, os salários dos médicos (que prosseguem a greve) só serão revistos na "concertação social". Aqui. E leia uma severa crítica feita anteontem em editorial pelo jornal, aqui.
Adenda 2 às 5:29: leia um comunicado da Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane endereçado aos estudantes do sexto ano, aqui.
Adenda 3 às 5:33: sobre a continuidade da greve, um trabalho inserto no "Notícias" digital de hoje, aqui.
Adenda 4 as 11:25: na versão digital do "O País" textos aqui e aqui.
Adenda 5 às14:06 de 15/02/2013: terminou a greve após a assinatura de um acordo entre o governo e a Associação Médica de Moçambique (Rádio Moçambique, noticiário das 14).
Adenda às 5:24: segundo o "Diário de Moçambique" na sua edição digital de hoje, os salários dos médicos (que prosseguem a greve) só serão revistos na "concertação social". Aqui. E leia uma severa crítica feita anteontem em editorial pelo jornal, aqui.
Adenda 2 às 5:29: leia um comunicado da Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane endereçado aos estudantes do sexto ano, aqui.
Adenda 3 às 5:33: sobre a continuidade da greve, um trabalho inserto no "Notícias" digital de hoje, aqui.
Adenda 4 as 11:25: na versão digital do "O País" textos aqui e aqui.
Adenda 5 às14:06 de 15/02/2013: terminou a greve após a assinatura de um acordo entre o governo e a Associação Médica de Moçambique (Rádio Moçambique, noticiário das 14).
7 comentários:
Os mexericos abundam em certas redes sociais...e mais nada...
Há muita gente no balcão para receber as contribuições!!!!!
Mil perdões o post era para a madeira....Para aqui o post é: pensem nos doentes!!!
Coloquemos as coisas em termos mais simples:
1- Se fosse hoje publicado um decreto baixando todos os salarios e regalias situados acima das miserias que vejo alguns apontar nos diversos quadrantes da Funcao Publica, esta discussao teria razao de ser?
2- Quem foi que incentivou - diria mesmo obrigou - o aumento salarial dirigido e tambem, as ajudas de custo em muitos projectos de capacity building na funcao publica?
3- Porque e que a produtividade e a racionalizacao de recursos nunca constam nestas agendas salariais, de parte a parte?
4 - Qual e o peso real de 9500 profissionais de saude publica num universo de 22 milhoes de habitantes?
Obrigado
Uma televisão local niticou há bocado que o primeiro-ministro recusou comentar a greve.
O primeiro ministro demitiu-se? Chefiar o governo de Moçambique e recusar comentar esta, outra greve, ou qualquer outro evento que diga respeito a Moçambique tem, para mim, valor de demissão.
O Governo tenta vencer os médicos pelo desgaste, sobretudo porque no dia 25 estes não terão nada nas sua contas o que significa dizer que não terão pão a mesa. Aí o governo espera que eles venham mendigar.
E nós oh cidadãos, que fazemos nós que queremos médicos motivados? Até onde vai a nossa solidariedade? Temos medo de apoiá-los para que o governo perceba mais rapidamente que é necessário rever os seus salários? E o governo só percebe a linguagem de 5 de Fevereiro, 1 e 2 de Setembro e de 15 de Novembro? Quando é um doutor que fala o governo não ouve?
E com efeito, a tese do dia 25 funcionou. Ja ha acordo, nos termos impostos pelo Governo...
E assim, ate a proxima greve pelos mesmos motivos.
Nota: a AMM nao confirma, nem desmente o acordo.
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