19 janeiro 2013

Problematizar os problemas

Abundante caiu (e provavelmente voltará a cair hoje e amanhã) a chuva na cidade de Maputo. Mas de forma não menos abundante caiu sobre nós o dedo acusador apontando para a natureza. É preciso, porém, estudar quais são as condições sociais que permitem que a chuva provoque os estragos que provocou. É preciso tornar sociais as causas que se pretende sejam apenas naturais. Urge encontrar à retaguarda dos elementos naturais os elementos sociais que os tornam mais problemáticos e, assim, evitar aquela distração noticiosa sistemática que consiste, por exemplo, em atribuir aos animais uma natureza problemática e destruidora que tem, porém, raízes sociais profundas.

4 comentários:

TaCuba disse...

Amigos, vale a pena ler isto»
http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1581890

Paulo disse...

O sr Simango já se recandidatou?

Joana disse...

No fundo no fundo é a velha história da mão externa, neste caso a chuva é a mão externa...

nachingweya disse...

Propõe-se um guarda chuva chines para a cidade sem esquecer a ponte para a Katembe, já que tudo aqui desmorona quando chove.

PS: Em termos de realizações de David Simango podemos destacar a formalização do negócio informal (desde que os vendedores de rua varram o seu local de trabalho) e atribuição de novas designações, todas com o prefixo KA, aos Distritos urbanos (quanto a este o embaraço virá quando em outras paragens os distritos/bairros forem designados KAAfonso, KAMatsangaissa...)
PS2. Nas alteraçoes de toponímia da cidade a Rua Gago Coutinho ganhou o nome de Morgado- antigo funcionario da DETA e ministro do Comércio. Em minha opinião a troca não foi justa a avaliar pelo peso das duas figuras tanto na navegação aérea mundial como em trabalhos de cadastro geográfico e agrimensura a favor do que Moçambique é hoje.