Décimo terceiro número da série. A ordem social burguesa é espalhada pelo mundo ou, melhor, é imposta a esse mundo através de guerras, mercadorias e ideias crescentemente informatizadas. Assim se formam no planeta as periferias produtoras de matérias-primas e os dumba-nengues do Capital, asseguradas por classes compradoras que gerem Estados neo-patrimoniais, privatizados, nos quais a cleptocracia e a ostentação da riqueza (mas, também, o senhorismo de guerra e a predação quando um grupo é excluído do acesso ao prebendialismo estatal) estão em interface com a miséria galopante dos deserdados para quem o informal e a criminalidade acabam por constituir, afinal, formas legítimas de protesto e de recomposição social. É nisso que consiste, afinal, a globalização. Prossigo mais tarde.
(continua)
Nota: esta série é baseada num texto que apresentei em 1998 na Faculdade de Medicina, por ocasião do Dia da Universidade Africana e com base no tema “Revitalizando Universidades em África: Estratégias para o Século XXI”.
1 comentário:
Alguém duvida?
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