20 janeiro 2013

Pobreza é carência politizada

De um texto de Pedro Demo que me permito citar longamente: "Quando falamos de pobreza, a parte mais conhecida é a material, econômica, quantitativa, expressa em múltiplas carências como de renda, moradia, emprego, alimentação, etc. A pesquisa científica contribui para esta visão unilateral, à medida que prefere, por causa de seu método experimental, cenários mensuráveis, induzindo que o mais importante no fenômeno da pobreza é a dimensão que o método pode medir, não aquilo que mais compromete a vida do pobre. Esta “ditadura do método” (Morin, 2002), extremamente confiante em “evidências empíricas” típicas da perspectiva metodológica positivista/empirista (Haack, 2003. Giere, 1999. Demo, 1995), reduz o fenômeno àquilo que se pode mais facilmente manipular, deixando de lado o que talvez seja a dinâmica mais profunda da pobreza: sua politicidade." - aqui. Sobre o combate contra a pobreza no discurso neoliberal, sugiro a leitura de trabalhos aqui, aqui e aqui.

2 comentários:

BMatsombe disse...

Sem dúvida uma bela análise, meu abraço angolano ao Demo.

Salvador Langa disse...

Secundo