De um texto de Pedro Demo que me permito citar longamente: "Quando falamos de pobreza, a parte mais conhecida é a material, econômica, quantitativa, expressa em múltiplas carências como de renda, moradia, emprego, alimentação, etc. A pesquisa científica contribui para esta visão unilateral, à medida que prefere, por causa de seu método experimental, cenários mensuráveis, induzindo que o mais importante no fenômeno da pobreza é a dimensão que o método pode medir, não aquilo que mais compromete a vida do pobre. Esta “ditadura do método” (Morin, 2002), extremamente confiante em “evidências empíricas” típicas da perspectiva metodológica positivista/empirista (Haack, 2003. Giere, 1999. Demo, 1995), reduz o fenômeno àquilo que se pode mais facilmente manipular, deixando de lado o que talvez seja a dinâmica mais profunda da pobreza: sua politicidade." - aqui. Sobre o combate contra a pobreza no discurso neoliberal, sugiro a leitura de trabalhos aqui, aqui e aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Sem dúvida uma bela análise, meu abraço angolano ao Demo.
Secundo
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