05 outubro 2012

Legitimidade política: o problema de Graça Machel (8)

Oitavo número da série. Quanto maior for o investimento nos aparelhos repressivos e na repressão, mais alta será a a composição orgânica da política e menor, portanto, a taxa de lucro político, quer dizer, menor a legitimidade de quem gere o Estado ou aspira a fazê-lo. Prossigo mais tarde. Crédito da imagem aqui.
(continua)
Adenda: permitam-me recordar-vos a minha série em 18 números intitulada Graça, Marcelino e Rebelo: a frente crítica, aqui.
Adenda 2: a 19 de Novembro de 2009 publiquei neste diário uma postagem intitulada O Sheik Mohamad e a brecha ricos/pobres, recorde aqui.

2 comentários:

Salvador Langa disse...

Ora aqui está uma coisa diferente das "análises" da praça.

ricardo disse...

"(...) O actual poder não tem génese democrática e não se desenvolveu com os princípios da democracia. A maioria dos seus dirigentes pouco sabe das práticas democráticas e não tem vivências em democracia. A "democracia" em Moçambique foi violentamente imposta (para se evitar a derrota militar), aceite por sobrevivência pelo actual poder e suportada por condicionalidades externas e em troca de cooperação. Em resumo a "democracia moçambicana" é essencialmente uma concessão em troca da manutenção do poder e de dinheiro para sutentação da economia e poder de Estado.
Por estas razões, é necessário estar-se atento se a ausência de partidos da oposição que constituam alternância do poder e a entrada de capitais estrangeiros com redução da cooperação para financiar a economia do Estado, não perigará a "democracia moçambicana" ou pelo menos fará muscular os actuais sistemas de controlo social, reduzir as liberdades e aumentar os sistema repressivos. Pode-se passar de dependente e subserviente relativamente aos parceiros externos para a fanfarronice e boçalismo tal como acontece em algum país africano rico em recursos.(...)" Joao Mosca - Economicando, Jornal SAVANA