Quinto número da série a propósito da recente remodelação governamental. Passo ao terceiro dos seis números do sumário proposto aqui. 3. A concepção da remodelação como exercício moral. A nomeação de novos ministros e de novos governadores deu origem, em certos círculos, a um quase imediato exercício de moral, implícito ou explícito: os nomeados só podiam ser, no geral, moralmente superiores, o presente sempre vence o passado na expectativas populares. Ou, então, em outros círculos, decidiu-se que ministros e governadores melhores poderiam ter sido escolhidos. A humanidade parece ser, afinal, a tensão permanente entre duas maneiras obrigatórias de ler e, especialmente, de sentir a vida: a analítica e a prescritiva. No primeiro caso fala-se com a razão, no segundo com a emoção. Por isso a maior parte do que dizemos tem a ver com o prescritivo, com a vitória do deve ser sobre o é. Prossigo mais tarde. Imagem reproduzida daqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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1 comentário:
Excelente.
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