23 outubro 2012

Remodelar analiticamente a remodelação governamental (5)

Quinto número da série a propósito da recente remodelação governamental. Passo ao terceiro dos seis números do sumário proposto aqui. 3. A concepção da remodelação como exercício moral. A nomeação de novos ministros e de novos governadores deu origem, em certos círculos, a um quase imediato exercício de moral, implícito ou explícito: os nomeados só podiam ser, no geral, moralmente superiores, o presente sempre vence o passado na expectativas populares. Ou, então, em outros círculos, decidiu-se que ministros e governadores melhores poderiam ter sido escolhidos. A humanidade parece ser, afinal, a tensão permanente entre duas maneiras obrigatórias de ler e, especialmente, de sentir a vida: a analítica e a prescritiva. No primeiro caso fala-se com a razão, no segundo com a emoção. Por isso a maior parte do que dizemos tem a ver com o prescritivo, com a vitória do deve ser sobre o é. Prossigo mais tarde. Imagem reproduzida daqui.
(continua)
Adenda: confira o prisma de Mário Machungo aqui.
Adenda 2: confira uma análise do semanário "Savana", edição de 12/10/2012, aqui.