22 outubro 2012

A pobreza mora na cabeça? (17)

Décimo sétimo e último número da série. Permitam-me regerssar a uma imagem que uso com frequência, retirada de Marx: sem dúvida que os seres humanos são livres de fazer a sua própria história, mas não a fazem arbitrariamente, nas condições por eles escolhidas, mas nas condições herdadas do passado. Com efeito, a tradição dos mortos pesa fortemente no cérebro dos vivos. Esta é uma forma metafórica de mostrar quanto relações, regras e história nos moldam, independentemente dos nossos desejos e dos nossos eus, relações que favorecem uns e desfavorecem outros. O fundamental a reter não é a concepção do social como adição de pessoas, mas como interacção de grupos, poderes e recursos de poder  desigualmente distribuídos (imagem reproduzida daqui).
(fim)
Sugestão: recorde a minha série em sete números intitulada Onde moram os pobres?, aqui.

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