Com o título em epígrafe, um texto do jornalista João de Sousa, a quem agradeço o envio: "Os recursos minerais da África do Sul são uma peça importante na engrenagem económica do País. A perfeita gestão do sector traz benefícios incalculáveis para o produto interno bruto e incentiva o investimento. O dia a dia mostra que nada disso se conseguiu, devido a problemas de relacionamento laboral, que deu origem ao massacre de Marikana, de Agosto passado, e colocou a África do Sul no centro das atenções do mundo económico. As autoridades locais esqueceram-se de que os mineiros têm uma tradição de luta que remonta aos tempos do apartheid. E, de forma violenta em alguns casos, eles demonstraram que sabiam o que queriam. E tanto sabiam que as concessões começaram a ser feitas.
A reboque surgiram outras reivindicações. Nos bairros (três manifestações por semana, no mínimo) nas fábricas, no sector dos transportes de mercadorias, nos correios, enfim... um pouco por todo o lado. Estas explosões sociais constituem recado para Mangaung, local do próximo Congresso do ANC. Um turbilhão de coisas ao mesmo tempo. Começa a ficar ameaçada a designação de “maior potência económica de África”.
Como se isso não bastasse, o Governo decide pôr em prática o sistema de cobranças das portagens electrónicas nas auto-estradas da província de Gauteng (30 cêntimos do rand por quilómetro percorrido). A seguir vem a proposta da Distribuidora Nacional de Energia para o aumento das tarifas de energia doméstica e industrial para o período comprendido entre 2013 e 2018 em 200%, o que é incomportável para a maioria da população cujo rendimento mensal não ultrapassa os 500 randes, o equivalente grosso modo a 1.500,00 meticais.
Daí o desabafo de muito boa gente: “afinal, onde é que nós vamos parar” ?
A reboque surgiram outras reivindicações. Nos bairros (três manifestações por semana, no mínimo) nas fábricas, no sector dos transportes de mercadorias, nos correios, enfim... um pouco por todo o lado. Estas explosões sociais constituem recado para Mangaung, local do próximo Congresso do ANC. Um turbilhão de coisas ao mesmo tempo. Começa a ficar ameaçada a designação de “maior potência económica de África”.
Como se isso não bastasse, o Governo decide pôr em prática o sistema de cobranças das portagens electrónicas nas auto-estradas da província de Gauteng (30 cêntimos do rand por quilómetro percorrido). A seguir vem a proposta da Distribuidora Nacional de Energia para o aumento das tarifas de energia doméstica e industrial para o período comprendido entre 2013 e 2018 em 200%, o que é incomportável para a maioria da população cujo rendimento mensal não ultrapassa os 500 randes, o equivalente grosso modo a 1.500,00 meticais.
Daí o desabafo de muito boa gente: “afinal, onde é que nós vamos parar” ?
3 comentários:
Barril de pólvora propício aos Malemas.
A procissão ainda vai no adro.
O problema da África do Sul é problema para a África Austral e, portanto, para Moçambique, isto é, nosso. A África do Sul caí nós caímos. E como estamos na cauda o peso todo da queda acomoda-se-nos em cima.
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