"Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude." (Tancredi)
Décimo número da série, crédito da imagem aqui. Respeitado e reconhecido por quase todos os quadrantes mundiais como um gentil misturador de águas imune à racialização do social e defensor de diálogo e de acordos, Mandela deixou a presidência e foi substituído por Thabo Mbeki. Espécie de Mandela em ponto pequeno, discreto, gestor diplomático do deixa-andar, Mbeki perdeu a reeleição presidencial a favor de um líder popular, Jacob Zuma. Porém, nem um nem outro alteraram substancialmente a gestão financeira das relações de produção e distribuição da rica África do Sul, hoje com uma taxa de desemprego de 25,7% e com a juventude seriamente preocupada e nervosa com o futuro. Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Para que as mudanças sejam estruturantes é necessário que o BEE evolua para o ABEE (All Black Economic Empowerment). Um descriminação que favorece uma minoria não é positiva, é descriminatória. E resulta sempre primeiro em oposição; quando esta não se mostra suficiente cresce para resistência e depois para confrontação.
A África subsahariana está a incubar a sua Primavera.
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