Décimo quinto número da série, com tema referido aqui, iniciando o ponto sexto do sumário sugerido aqui: 6. Morfologia genérica de um fenómeno. Escrevi no número anterior que os casos de Matola e Beira, mas também os de Caia e, recentemente, de Milange, parecem conter um fenómeno diferente do ocorrido em Muhôa e, para recuarmos séculos no tempo, diferente dos fenómenos contados por Francisco Monclaro e por Francisco Figueira de Almeida. Para iniciar este novo ponto do sumário, deixem-me propor o seguinte: rostos diversos e sem relação uns com os outros, podem possuir, porém, um mesmo fio de Ariadne, um mesmo denominador, um denominador questionado. Que denominador questionado? O dos processos de acumulação de riqueza. Prossigo mais tarde.
(continua)
* Entretanto, recorde a minha série em 14 números intitulada Ionge: populares acusam autoridades de prender a chuva no céu, aqui. Para um excelente livro em francês que estabelece uma relação entre a percepções populares, feitiçaria, política e enriquecimento, consulte Geschere, Peter, Sorcellerie et politique, la viande des autres en Afrique. Paris: Karthala, 1995.
1 comentário:
Qual é então o papel da feitiçaria?
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