15 setembro 2011

Consumidores machos, cervejas pretas fêmeas (8)

Mais algumas hipóteses no oitavo número da série, prosseguindo no sumário proposto aqui.
4. O discurso publicitário urbano. Escrevi no número anterior que o discurso publicitário urbano é o veículo paradigmático e condensado da rede de fenómenos que sugeri aqui. Esse discurso actua como um liquefazedor, diluindo diferenças, fronteiras, códigos e barreiras. Vivemos na era da modernidade líquida, para dizer como Zygmunt Bauman. É a este nível que a publiciade cria necessidades novas, igualiza paixões e signos, forma colecções amorfas de indivíduos, ressexualiza e dessexualiza ao mesmo tempo. A coluna vertebral desta modernidade líquida é o espectáculo, a promoção do sensorialismo gerido por combinações fantásticas operadas no tempo, no espaço e na imagem.
Prossigo mais tarde.
(continua)

3 comentários:

Salvador Langa disse...

Boa expresão essa da 'modernidade líquida'.

Xiluva/SARA disse...

Publicidade líquida...

Paulo disse...

Diz bem, espectáculo, esse anúncio é espectáculo.