27 setembro 2011

Teoria do conhecimento de Samora Machel (3)

"Ao pegarmos em armas para derrubar a ordem antiga, sentimos a necessidade de criar uma nova sociedade, forte, sã, próspera, em que os homens livres de toda a exploração colaborariam para o progresso comum" ( Samora Machel)
Passo ao primeiro ponto do sumário desta série.
1. Os ângulos por que vemos Samora. Cada um de nós tem uma personalidade, uma identidade ao longo da vida. Essa personalidade é composta por várias dimensões. Mas para os que nos rodeiam, especialmente para os que connosco convivem ou que nos conhecem, regra geral uma dessas dimensões é absolutizada, é tomada como referencial único ou determinante, deixando na penumbra as outras dimensões. Isso é especialmente marcante quando a morte sobrevem e a ela se junta o estatuto de herói. Assim, por exemplo, para uns Samora foi um grande estratega militar que venceu o exército colonial, para outros foi um presidente que nos fazia ter orgulho no país, para outros, ainda, foi simplesmente o artífice de uma ditadura. No que me concerne, não vou discutir a validade dessas unidades identitárias. O que desejo fazer é apresentar algumas linhas da teoria de conhecimento de Samora, algumas linhas da concepção de história de Samora, algumas linhas da sua visão da vida e do futuro.
Adenda: permitam-me sugerir-vos a leitura em 15 números da minha série intitulada A cada um segundo as suas necessidades, a cada um segundo o seu Samora, aqui.
(continua)

2 comentários:

Salvador Langa disse...

Fico esperando o ponto da teoria.

ricardo disse...

Precisamente, centremo-nos ho HOMEM, esquecamos os rotulos e os semi-deuses. Para que no final, sejamos capazes de aferir se Samora foi um Homem de Ideais, ou preso a Ideais.