Escrevi no número inaugural desta série que a produção de desconforto para que haja conveniência e conforto social é um dos mais interessantes campos da vida dos gostos em geral e da ruptura para com o corpo-em-si em particular.
Continuo a tentar partilhar convosco algumas ideias que requerem pesquisa e comprovação.
A oitava ideia é a seguinte: a cobertura vestuária inovadora é um dos dois campos de reestruturação corporal. Não basta vedar o corpo ou sugeri-lo pelo mínimo de roupa (igualmente uma forma de o vestir), é preciso dar-lhe um estatuto imperioso e visível do nascimento, do texto novo, da juventude perpetuada. Tenho por hipótese que a reestruturação do corpo - colectivamente assumida através da moda, socialmente regulada - é uma promessa de vida permanente, uma luta contra o envelhecimento e o medo.
Prossigo mais tarde. Crédito da imagem aqui.
Continuo a tentar partilhar convosco algumas ideias que requerem pesquisa e comprovação.
A oitava ideia é a seguinte: a cobertura vestuária inovadora é um dos dois campos de reestruturação corporal. Não basta vedar o corpo ou sugeri-lo pelo mínimo de roupa (igualmente uma forma de o vestir), é preciso dar-lhe um estatuto imperioso e visível do nascimento, do texto novo, da juventude perpetuada. Tenho por hipótese que a reestruturação do corpo - colectivamente assumida através da moda, socialmente regulada - é uma promessa de vida permanente, uma luta contra o envelhecimento e o medo.
Prossigo mais tarde. Crédito da imagem aqui.
(continua)
2 comentários:
Interessantes hipóteses.
gostaria de ter acesso aos seus textos completos, por favor me responda no rubiavr@hotmail.com
obrigada Rubia Romani
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