24 abril 2011

Costa do Marfim: o inverno colonial

De um trabalho do jornalista Olivier Mukuna, com o título em epígrafe: "Após o anúncio dos resultados definitivos das eleições pelo Conselho Constitucional da Costa do Marfim, o relato mediático europeu exibiu o cinismo da "complexidade". "Alassane Uattara, o presidente reconhecido pela comunidade internacional", tinha sido impedido de exercer as suas funções "pelo actual presidente Laurent Gbagbo, que se apegou ao poder". O "bom" democrata do FMI contra o "malvado" tirano de Abidjan. Esta habitual satanização que justifica o imperialismo guerreiro, contradiz o discurso segundo o qual a Costa do Marfim é um país soberano e as suas instituições legítimas." (tradução minha, CS). Aqui. Para traduzir, aqui.

2 comentários:

ricardo disse...

Pois, mas onde é que andavam estes analistas quando Gbagbo ainda estava no poder? Pensamento daltónico não. Basta!

Esta maneira de questionar os fenómenos do mundo, sectária e de teor ideológico evidente, pode vender muitos livros e justificar muitos simpósios. Mas não resolve o problema do povo marfinense, que afinal é a grande vítima desta situação pós-Boigny ter evoluído até este patamar.

Ainda vou querer ler aqui, em termos claros, um texto demonstrando QUÃO BOA foi a governação de Gbagbo para os marfinenses. Para perceber por que razões ele é agora tão vitimizado...

V. Dias disse...

Este é que o problema de muitos analistas: memória curta. No país temos às carradas.

Dirão que o senhor Outarra não presta e procuram exaltar a figura de Jesus de Barrabás confundindo-o como Jesus de Nazaré - o bom Jesus.

Gbagbo (a quem comparo com Barrabás) destruiu a Costa do Marfim, o problema é que nesse tempo os nossos analistas e outros não tinham tv ou não tinham acesso às fontes para constatar essa realidade.

Tudo o que se diga de Ouatarra neste momento de nada servirá porque o povo já conheceu o veneno do "mamba" Gbagbo.

É minha opinião. Feliz páscoa a todos.

Zicomo