Numa notícia inserta na secção política do "Notícias" digital de hoje a propósito da Assembleia da República: as despesas em 2010 suplantaram a previsão orçamental sendo a justificação o facto de "os recursos financeiros disponibilizados ao Parlamento pelo Governo são exíguos, devendo-se aliar a isso a constante subida de preços de bens e serviços no mercado". Porém, "Foi também reforçada a verba destinada à compra de mobiliário e electrodomésticos para o dirigente superior do Estado cessante da Assembleia da República no valor de 1 214 998, 00 Mt."
Adenda às 15:25: a propósito, amanhã prossegue a nova série intitulada Poder e representação: teatrocracia em Moçambique.
Adenda às 15:25: a propósito, amanhã prossegue a nova série intitulada Poder e representação: teatrocracia em Moçambique.
5 comentários:
Sinceramente, custa a acreditar! Mobiliário e electrodomésticos! Custa mesmo.
Uau!!!!!! Um milhão e tal é obra na luta contra a pobreza.
A mesma farinha aqui.
Vergonhoso!
Os Deputados da AR são os primeiros a MOSTRAR que o seu trabalho, as leis que aprovam, não são para levar a sério, são para “inglês ver”.
O ex-presidente da AR, já nos havia brindado com a RECUSA em abandonar a casa protocolar, mesmo depois de terminar as funções.
E só saiu depois de lhe ter sido entregue nova casa, com idêntica DIGNIDADE (entenda-se opulência), como é usual nos corredores do poder.
Para além da gorda verba dispendida pelo Estado para a obtenção da casa CONDIGNA para o ex-presidente da AR, o Orçamento daquele órgão inscreveu generosa verba para compra de mobiliário e electrodomésticos:
Porém, considerando os altos padrões de “dignidade” exigidos pelo ex-presidente, a AR foi forçada a REFORÇAR a verba inscrita em mais 1,2 milhão de Meticais, equivalente a cerca de 40 mil USD, ou a 10 furos para abastecimento de água ás populações rurais;ou a não sei quantas carteiras para as escolas, etc. etc.
Para o Ex-presidente da AR: uma vez presidente da AR, presidente da AR (dignas regalias) para sempre.
Simplesmente chocante!
Muitos planos de austeridade. Um por cada todos, todos por cada um...
Ora aqui está a factura por aprovar a CGE todos os anos, mesmo que ela seja indecifrável para alguém com QI acima da média. Em política, está demonstrado, tudo se compra. Tudo se vende.
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