O quinto número da série.
Escrevi no número inaugural ser possível considerar cinco importantes riscos que espreitam os jovens cientistas sociais moçambicanos. Quais são esses riscos? Esses riscos são os seguintes: (1) o risco do amor ao conforto do gabinete, (2) o risco do amor às opiniões, (3) o risco do amor às consultorias dos temas da moda, (4) o risco do amor à ascensão política e (5) o risco da vaidade paroquial.
Vamos ao início do quarto risco, com mais algumas hipóteses. O quarto risco que espreita os jovens cientistas sociais moçambicanos tem a ver com a busca de ascenção política, designadamente com a busca de um cargo estatal através do partido no poder (director nacional, vice-ministro ou, de grande preferência, ministro). Se o jovem cientista pertence a um partido na oposição com lugar na Assembleia da República, o sonho fica no perímetro do cargo de deputado. Então, com o mestrado ou com o doutoramento, o jovem cientista pode transformar a carreira universitária num compasso de espera, num trampolim para as grandes aventuras políticas.
Prossigo oportunamente nesse quarto risco.
Escrevi no número inaugural ser possível considerar cinco importantes riscos que espreitam os jovens cientistas sociais moçambicanos. Quais são esses riscos? Esses riscos são os seguintes: (1) o risco do amor ao conforto do gabinete, (2) o risco do amor às opiniões, (3) o risco do amor às consultorias dos temas da moda, (4) o risco do amor à ascensão política e (5) o risco da vaidade paroquial.
Vamos ao início do quarto risco, com mais algumas hipóteses. O quarto risco que espreita os jovens cientistas sociais moçambicanos tem a ver com a busca de ascenção política, designadamente com a busca de um cargo estatal através do partido no poder (director nacional, vice-ministro ou, de grande preferência, ministro). Se o jovem cientista pertence a um partido na oposição com lugar na Assembleia da República, o sonho fica no perímetro do cargo de deputado. Então, com o mestrado ou com o doutoramento, o jovem cientista pode transformar a carreira universitária num compasso de espera, num trampolim para as grandes aventuras políticas.
Prossigo oportunamente nesse quarto risco.
(continua)
2 comentários:
É mesmo um martírio ficar todo este tempo nas academias. Lol.
Precisamente caro Professor. Eu tenho sido vítima dessa raça de cidadãos eleitos do Olimpo. Já desenhei e dei corpo a muitos projectos de impacto neste país. Contudo, nunca pude conclui-los conforme os termos de referência. Porque quando começam a dar bons resultados, rapidamente me apercebo que na calha, já está um sujeito desses pronto para ser coroado, acto em que fazem questão, de apagar todos os vestígios da minha contribuição para o feito. Nem importa se daqui a alguns meses for convocado de emergência para ajudar a corrigir o que está mal (e não perguntem o QUÊ ou o PORQUÊ).
Moral da história, sou um escravo eterno da revolução moçambicana com a missão de coroar dinastias de eleitos em gabinetes pressurizados da Pereira do Lago. Esse é o preço que se tem pagar quando a nossa consciência nos recusa a ceiar na mesa da entourage do sr. Paúnde.
Mas eu estou farto disso. E acho que muitos neste país tambem.
Contudo, este é um aspecto a explorar mais na sua investigação. Porquanto, tal como no caso da família Kadhaffi ou Jong-Il, está reservado o direito de concessão. E isto, tem a ver muitas vezes com as famosas bolsas de estudo, para dentro e para fora. Leia alguns dos critérios estipulados por algumas famosas democracias ocidentais para formar os "jovens quadros" do amanhã em Moçambique. Existe uma preocupação em se saber se ocupam algum cargo na Função Pública. Isto é, se são CHEFES ou virão a sê-lo. E conhecendo Moçambique, eles estão perfeitamente cientes que estes, deverão ser membros ou simpatizantes da FRELIMO. Embora, muitas vezes, venham a renegar isto. Percebe-se porquê.
Por essa razão, acho que o peso dos doadores (bolsas) na construção desta mentalidade deveria igualmente ser medido.
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