E se, por acaso, as mulheres gostassem mesmo de ser apenas só mulheres? E se gostassem de ser dominadas dominando pela feminilidade? Perguntas bizantinas, decerto, perguntas impertinentes para um certo feminismo masculinizado de hoje, perguntas que me levam a repetir uma série de 2007. Prossigo-a no número 2.
Esse subconsciente é produto da acção de inúmeras instâncias de inculcação e de reprodução. No fim do processo - que é, claro, o recomeço -, são as próprias mulheres que se dominam a elas-próprias na aceitação do androcentrismo.
Em Bourdieu, a mulher não tem escolha, não tem fuga, não tem saída, salvo a de aceitar, reproduzindo-os ela-própria, os mecanismos da dominação masculina.
Fique-nos a consolação da mensagem de optimismo que atravessa em filigrana os livros do falecido sociólogo francês: quanto mais conscientes estivermos dos mecanismos de dominação, mais livres podemos ser.
Mas vamos contactar, a seguir, as mulheres de Alain Touraine.
Esse subconsciente é produto da acção de inúmeras instâncias de inculcação e de reprodução. No fim do processo - que é, claro, o recomeço -, são as próprias mulheres que se dominam a elas-próprias na aceitação do androcentrismo.
Em Bourdieu, a mulher não tem escolha, não tem fuga, não tem saída, salvo a de aceitar, reproduzindo-os ela-própria, os mecanismos da dominação masculina.
Fique-nos a consolação da mensagem de optimismo que atravessa em filigrana os livros do falecido sociólogo francês: quanto mais conscientes estivermos dos mecanismos de dominação, mais livres podemos ser.
Mas vamos contactar, a seguir, as mulheres de Alain Touraine.
(continua)
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