"Estratagema 30: O argumentum ad verecundiam (argumento de autoridade). (...) As autoridades que o oponente não consegue entender são as que causam maior efeito. Os ignorantes têm particular respeito pelos fraseados gregos e latinos. (...) Em lugar de razões, recorre-se a autoridades reconhecidas segundo o grau de conhecimento do oponente. (...) Os preconceitos mais generalizados também podem passar por autoridades. Pois a maioria pensa, com Aristóteles, que a men pollois dokei tauta ie einai famen (diz-se que existe o que a multidão acredita) (Ética a Nicómano): sim, não existe opinião alguma, por mais aburda que seja, que os homens não adoptem rapidamente, logo que se consiga persuadi-los de que ela é geralmente aceite. O exemplo age sobre o pensamento deles como sobre os seus actos. São carneiros, que seguem o guizo onde quer que ele os conduza: é-lhe mais fácil morrer do que pensar (...)" - Arthur Schopenhauer, A arte de ter sempre razão. Lisboa: Frenesi, 2006, pp.50-52 no original.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário