Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Vou pedir a ajuda do 'chamuale' Karim para me esclarecer melhor este assunto. Quais as consequências para o país?
Os meus 'cotas' economistas Drs. Veniça / Iacumba já me avisaram, em separado, o seguinte: "puto, eu não gosto de política e não sou político, por isso não me meta nisso. Ok?" Ouvi. Não me meti, queria era apenas que eles me explicassem certas coisas que eu não entendo mesmo...taxas de juro, valores, etc... Que pena, aquilo que eles dizem vão directo à minha consciência.
Falta economistas a comentar neste diário... Sùo temos um: Karim. É pouco. Já temos de tudo, até rotuladores de anti-patriotismo.
Quando o custo do capital 'e caro, 'e normal que tudo seja caro, como consequecia eu que vendo roupa, nao posso dar desconto, isso quando tenho credito, entao, retrai investimento, logo consumo tambem retrai, assim ninguem trabalha, nao estimula a economia, nem gera emprego, pronto formou exercito de desempregados.
So que os Bancos ficam muito ricos, ja viu os nossos, um bolou HCB, outro 1 ano e US$ 2.000.000 lucro liquido, outro so o administrador dele com guebuza e salimo ja vai iniciar com US$ 57.000.000 de capital.
E todos juntos bateram recordes mundiais de lucratividade.
O GMD identificou correctamente o problema: O Estado endivida-se emitindo dívida pública e pagando por ela juros com um diferencial positivo de 5%, ou seja, p.e: se a inflação é 9 o Estado paga 14. Tratando-se de dívida do Estado o Banco Central considera-a de "bom risco", logo não exige aos Bancos custos com a "esterilização" de fundos em provisões para a eventualidade de incumprimentos.
Nestas circunstâncias, é normal que a Banca privada, tomando como base o preço que o Estado aceita pagar, adicione um spread para pequenas e médias empresas elegíveis para crédito, da ordem dos 6%, elevando assim as taxas de juro para a casa dos 20%: uma brutalidade, é certo, MAS, não esperem que seja a Banca Privada a assumir-se como "mecenas" das Pequenas Médias empresas: os accionistas privados pedem às Administrações dos Bancos (onde proliferam figuras políticas de destaque)que maximizem o lucro.
Analisada esta questão com realismo, a maior parte das pequenas e médias empresas não tem efectivamente condições de acesso ao crédito, porque: (i) tem uma estrutura de capitais próprios desequilibrada; (ii) tem grandes fragilidades ao nível da gestão; (iii) as actividades económicas funcionam dentro de sistemas, onde falhando um elo da cadeia e não havendo uma "almofada" de capitais próprios para acudir à conjuntura, perde-se tudo: o financiador fica a ver navios:
A economia tem que ser analisada com frieza: mais racionalidade económica e menos emoção!
Falta-nos uma instituição do Estado vocacionada para apoio ao desenvolvimento... MAS desiludam-se os que pensam que, por exemplo, o recém criado BNI - pomposamente chamado Banco Nacional de Investimento - entre Portugal e Moçambique, vai ter esse papel: as Pequenas e médias empresa estão proibidas de lá entrar: não são elegíveis.
7 comentários:
Vou pedir a ajuda do 'chamuale' Karim para me esclarecer melhor este assunto. Quais as consequências para o país?
Os meus 'cotas' economistas Drs. Veniça / Iacumba já me avisaram, em separado, o seguinte: "puto, eu não gosto de política e não sou político, por isso não me meta nisso. Ok?" Ouvi. Não me meti, queria era apenas que eles me explicassem certas coisas que eu não entendo mesmo...taxas de juro, valores, etc... Que pena, aquilo que eles dizem vão directo à minha consciência.
Falta economistas a comentar neste diário... Sùo temos um: Karim. É pouco. Já temos de tudo, até rotuladores de anti-patriotismo.
Zicomo
Viriato,
Eu estou estudar astrologia,
mas posso tentar;
Quando o custo do capital 'e caro, 'e normal que tudo seja caro, como consequecia eu que vendo roupa, nao posso dar desconto, isso quando tenho credito, entao, retrai investimento, logo consumo tambem retrai, assim ninguem trabalha, nao estimula a economia, nem gera emprego, pronto formou exercito de desempregados.
So que os Bancos ficam muito ricos, ja viu os nossos, um bolou HCB, outro 1 ano e US$ 2.000.000 lucro liquido, outro so o administrador dele com guebuza e salimo ja vai iniciar com US$ 57.000.000 de capital.
E todos juntos bateram recordes mundiais de lucratividade.
Parece tem patrocino da Alemanha.
Sao Bigs.
Ja entendi. Afinal nao custa nada.
Zicomo
O GMD identificou correctamente o problema: O Estado endivida-se emitindo dívida pública e pagando por ela juros com um diferencial positivo de 5%, ou seja, p.e: se a inflação é 9 o Estado paga 14. Tratando-se de dívida do Estado o Banco Central considera-a de "bom risco", logo não exige aos Bancos custos com a "esterilização" de fundos em provisões para a eventualidade de incumprimentos.
Nestas circunstâncias, é normal que a Banca privada, tomando como base o preço que o Estado aceita pagar, adicione um spread para pequenas e médias empresas elegíveis para crédito, da ordem dos 6%, elevando assim as taxas de juro para a casa dos 20%: uma brutalidade, é certo, MAS, não esperem que seja a Banca Privada a assumir-se como "mecenas" das Pequenas Médias empresas: os accionistas privados pedem às Administrações dos Bancos (onde proliferam figuras políticas de destaque)que maximizem o lucro.
Analisada esta questão com realismo, a maior parte das pequenas e médias empresas não tem efectivamente condições de acesso ao crédito, porque: (i) tem uma estrutura de capitais próprios desequilibrada; (ii) tem grandes fragilidades ao nível da gestão; (iii) as actividades económicas funcionam dentro de sistemas, onde falhando um elo da cadeia e não havendo uma "almofada" de capitais próprios para acudir à conjuntura, perde-se tudo: o financiador fica a ver navios:
A economia tem que ser analisada com frieza: mais racionalidade económica e menos emoção!
Falta-nos uma instituição do Estado vocacionada para apoio ao desenvolvimento... MAS desiludam-se os que pensam que, por exemplo, o recém criado BNI - pomposamente chamado Banco Nacional de Investimento - entre Portugal e Moçambique, vai ter esse papel: as Pequenas e médias empresa estão proibidas de lá entrar: não são elegíveis.
Anónimo, é pena não ter se identificado! mas faz uma análise que se deseja.
Agora, existe ou não uma política de crédito e de juros no País? ou isso só funciona em outros regimes económicos!
Porque os nossos Gestores e Economistas tem medo de falar?
Mano Chacate,
Ja estou farto gritar.
Voce esta brincar.
E andam por ai a clamar que as taxas fiscais em Mocambique sao muito altas. E a Banca, porque nao fala a CTA?
Realmente, com juros assim - e pratica de cartel mais do que evidente - qualquer um de NOS pode ser banqueiro.
Ate o MBS. No caso, banqueiro dele proprio...
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