Já não sei há quantos séculos aqui não aforismava, aqui não colocava os meus perversos, odiosos aforismos! Que descuido tenebroso! Mas vamos lá:
1. Quando a crítica política te incomoda, tu que fazes parte da elite gestora e justificadora, conheces bem a receita milagrosa: basta vuvuzelar que os críticos são meras marionetas nas mãos dos agentes externos;
2. Quanto mais encheres de recreação o pneu de certa comunicação pública, mais possibilidades terás de anestesiar o volume e a intensidade da crítica social;
3. Cria um ministério das causas extra-humanas: aqui poderás monitorar todo o esforço em prol do combate à pobreza absoluta através do desvio das causas dos males sociais para entidades como o diabo e os espíritos.
2 comentários:
Professor,
Parece-me que estamos a entrar para uma fase decisiva em Mocambique. Usando os aforismos que apresentou, noto o desenvolvimento separado de duas tendencias: uma defensora do status quo, e outra que a pretende mudada, ou pelo menos, melhorada em certos aspectos.
No passado tambem foi assim. O regime colonial faz o mesmo exercicio de manutencao, mas as coisas acabaram como sabemos.
Nestes ultimos tempos, mesmo com a tal maioria, o partidao parece estar muito incomodado. So ele sabera os porques
Mas certo mesmo e que com a Economia nao se brinca: enquanto Namibia e Swazilanda baixam precos de combustivel, nos estamos a subi-los. Alguma coisa esta errada connosco. Ou com eles?
O custo de vida, metical tao baixo, combustivel, inspeccoes-burla (ver cronica de Machado da Graca no Savana desta semana) ... meu santo Deus. Sera esta a ocasiao ideal para discutir a revisao da Constituicao?
Gostei muito do ponto 1.
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