Andam complicadas as coisas no tocante a viaturas protocolares no Zimbabwe. Segundo o The Herald, primeiro foi o governador do Banco de Reserva, o poderoso e rico Gideon Gono, pertencente à ZANU-PF, a ordenar a distribuição de 50 carros em segunda mão aos parlamentares; depois, o ministro das Finanças, Tendai Biti, do MDC-T, protestou com semelhante medida; agora, é Gono a exigir que os carros sejam devolvidos ao Ministério das Finanças. Porém, os parlamentares estão em completo desacordo, argumentando um porta-voz que em dois dias os novos ministros receberam veículos último modelo do tipo Mercedes-Benzes, Prado and Land Cruiser, enquanto eles, parlamentares, só ao fim de um ano os tiveram. Confira aqui a odisseia. E compare com este portal aqui. Cartoon reproduzido daqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
7 comentários:
E assim se "consegue" credibilidade!!!
Ou será desconsegue?
Vamos a ver até onde a coisa vai.
tenho vindo a fazer um esforço tremendo para perceber porquê é que o parlamentar precisa de carro protocolar comprado com o dinheiro dos contribuintes - mesmo que não sejam africanos. nem quero questionar o facto de o zimbabwe estar a fazer uma travessia no deserto. alguém me faça perceber a lógica, por favor!!!!!
Não tem lógica nenhuma Bayano. A maior parte das vezes que os parlamentares reclamam 'beneficios', alegam que nos 'outros países é assim'... Os parlamentares zimbabweanos precisam de carros porque os moçambicanos têm...os moçambicanos é porque os angolanos também...e assim anda o circulo vicioso.
Bom, não terá lógica nenhuma.
Mas fazendo um esforço para tentar ser construtivo, com grande esforço mesmo:
- Talvez seja por o dinheiro ser dos contribuintes não africanos!!!
Porque se a mola fosse dos contribuintes africanos, outro galo cantaria!
Afinal, os contribuintes africanos são muito mais exigentes.
Não admitiriam esse regabofe.
oi zeinada,
obrigado pelo comentário, mas não será justamente essa a lógica? ie, adormecermos para pensarmos que existe alguma lógica? ainda estou a matutar sobre a questão. ocorre-me agora trazer ao debate a questão de transparência e boa governação. o que nós e os nossos governantes entendemos por isso? será que estamos a ler a mesma pauta? que significações tem para uns e outros?
umbhalane,
que evidências tem de que os contribuintes africanos são mais exigentes? ou estará a fazer ironia (espero que sim)?
Bayano Valy
De facto estava a ironizar.
Um mau costume meu.
Não gosto muito do cinzento, ser cinzento, sisudo,...e
tento "brincar" com as situações, procurando accionar alguns raciocínios.
Mas, convirá, que gastar dinheiro dos outros é bem mais fácil...
Aquele que nos custa a ganhar, é bem mais difícil.
E quando a mola vem de borla, melhor ainda.
Mas também não acredito em almoços grátis...!
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